A nova Ponte do Paço, que liga Coimbra a Montemor-o-Velho, no Paul de Arzila, deve estar concluída dentro de um ano. O auto de consignação da empreitada foi assinado na semana passada, altura em que foi lançada também a primeira pedra desta obra que visa melhorar as questões de segurança rodoviária e pedonal dos milhares de pessoas que, diariamente, atravessam a Vala Real do Paul de Arzila (vulgarmente conhecida por Vala do Paul), assegurada atualmente por uma estreita travessia, que apenas permite a circulação alternada de veículos e não possuiu passeios pedonais.
Integrada na antiga Estrada Nacional 341 – ligação entre Coimbra e Figueira da Foz, pela margem sul do Mondego –, a nova ponte vai ser construída a cerca de duas dezenas de metros de distância da atual travessia e terá a extensão de 212 metros, duas vias para automóveis e passeios para peões, e representa um investimento de cerca de 400.000 euros, suportados, em partes iguais, pelos municípios de Coimbra e Montemor-o-Velho.
Localizada entre Arzila, no concelho de Coimbra, e a vila de Pereira, concelho de Montemor-o-Velho, a nova ponte é considerada uma obra “estratégica e imprescindível” para a circulação rodoviária, para o bem-estar das populações e para o desenvolvimento económico e social dos dois municípios, como sublinharam, na ocasião, os presidentes das duas autarquias, respetivamente Manuel Machado e Emílio Torrão.
Manuel Machado recordou que esta travessia, para “além do interesse público”, tem “um valor simbólico muito importante”, uma vez que representa a ligação dos dois concelhos. Disse que é do interesse de todos que a obra “seja concluída o mais rapidamente possível”, salvaguardando e pedindo compreensão pela perturbação do trânsito que irá causar durante a intervenção.
O autarca de Coimbra anunciou ainda que haverá “total respeito” pelo meio ambiente e, sobre a ponte secular, garantiu que “não é para destruir”, num respeito pela história, devendo por isso ser olhada no futuro como “complementar à nova travessia”.
“Estamos aqui a fazer história, a história da seriedade e daqueles que se dedicam aos seus munícipes, que dizem a verdade e que cumprem”, sublinhou Emílio Torrão. O autarca de Montemor-o-Velho considera que esta é “uma obra que vai ficar na história porque representa 30 anos de avanços e recuos e, por fim, a vontade de dois autarcas em fazer a ponte”.
Com um prazo previsto de 330 dias, a nova Ponte do Paço deve entrar em funcionamento dentro de um ano. Recorde-se que a atual ponte é atravessada, todos os dias, por milhares de pessoas, vindas de vários concelhos limítrofes a Coimbra e Montemor-o-Velho, como Mira, Cantanhede, Figueira da Foz e Soure. O arranque deste projeto resulta de um acordo intermunicipal assinado por estes dois municípios em junho de 2017, tendo sido o acordo formalizado em fevereiro deste ano, altura em que foram estabelecidos os procedimentos da contratação pública.