O futebol português viveu, ao nível da seleção principal, quase 16 anos à espera dos feitos gloriosos da designada “Geração de Ouro”, que havia triunfado em Riade e Lisboa no mundial de sub-20, sob o comando de Carlos Queirós.
Embalados pelos feitos de 34 jovens jogadores, acreditou-se que Figo, Rui Costa, Baía e tantos outros, seriam capazes de triunfar ao mais alto nível pela seleção nacional, trazendo para Portugal o primeiro troféu internacional.
Contudo, quando o ciclo desta geração se deu por concluído (1-3 com a Alemanha no Mundial de 2006), constatou-se que a dita geração pouco ouro trouxera para Portugal, perdendo uma oportunidade histórica no Euro 2004, baqueando em casa e na final perante uma seleção acessível como a Grécia.
A leitura que hoje podemos fazer da geração anos 90 é que ela foi a antecâmara da verdadeira geração dourada ou vencedora; aquela que em 2016 nos deu o tão desejado troféu internacional (Europeu de França) e que no domingo passado inscreveu o seu nome, novamente, nas páginas douradas da história do futebol português conquistando, no Porto, a primeira Liga das Nações.
Estão de parabéns os jogadores – pelo espírito de equipa e entrega ao jogo –, equipa técnica – pela capacidade de gestão dos ativos humanos – e federação – pela administração profissionalizada que imprimiu ao setor – bem como o público portuense que não regateou apoio à equipa de todos nós.
Feitos notáveis em qualquer parte do mundo, ainda mais dignos de atenção se atendermos à dimensão física do país, e que atestam a nossa competitividade na indústria do futebol: em três anos conquistámos dois títulos internacionais pelo que é legítimo sonharmos, mais do que nunca, com a possibilidade de nos sagrarmos campeões mundiais!