A Associação Empresarial da Região de Coimbra (NERC) encontra-se a apelar à adaptação dos trajetos dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) às obras relacionadas com o Metro.
De acordo com a NERC, “além do impacto negativo que estão a ter no tecido económico de Coimbra, as obras do MetroBus têm provocado constantes condicionamentos ou cortes de trânsito em diversas artérias, com consequências na fluidez da circulação automóvel e pedonal”.
A situação, reforça, “é tanto mais preocupante se levarmos em conta que, nestes últimos dias, também o acesso aos Hospitais da Universidade de Coimbra e à estação ferroviária de Coimbra-B ficaram seriamente condicionados, prevendo-se fortes constrangimentos à circulação com o recomeço das atividades letivas”.
“Consequência disso, também a rede municipal de transportes públicos tem sido afetada pelas diversas frentes de obra em curso, com atrasos e, muitas vezes, supressão de autocarros em determinados percursos”, salienta a associação.
Segundo a NERC, os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra enfrentam, “por si só, graves problemas de rentabilidade e de carência de material circulante que permita assegurar os serviços propostos, as obras do metropolitano ligeiro de superfície tornaram a situação insustentável, prejudicando também os que recorrem diariamente ao transporte público, nomeadamente nas viagens de e para o local de trabalho”.
A associação empresarial não entende que “uma importante infraestrutura de escoamento de trânsito como a Ponta Rainha Santa Isabel não seja potenciada, diminuindo-se assim o tempo de viagem de quem, a título de exemplo, pretende deslocar-se da margem esquerda do rio Mondego para o polo II da Universidade de Coimbra, Vale das Flores ou Solum, locais com grande densidade de serviços e estabelecimentos de ensino”.
A NERC apela, assim, à Administração dos SMTUC que reveja, “tão rápido quanto possível”, o trajeto das linhas mais afetadas pelas obras, para que o serviço prestado à população se mantenha em níveis aceitáveis, solicitando também à administração da Metro Mondego uma “melhor coordenação e articulação das diversas frentes de obra, no sentido de reduzir o impacto negativo destas junto de particulares e empresas”.