Carlos Carranca, professor, poeta, ensaísta e declamador, faleceu hoje (29 de agosto), aos 61 anos, em Lisboa, onde se encontrava internado, vítima de doença prolongada.
Natural da Figueira da Foz, Carlos Carranca manteve uma forte ligação à Lousã. Foi professor do ensino superior, poeta, ensaísta, declamador, cantor e animador cultural. Licenciado em História, foi professor auxiliar convidado da Universidade Lusófona, docente da Escola Superior de Educação Almeida Garrett e da Escola Profissional de Teatro de Cascais. Presidiu à Direção da Sociedade de Língua Portuguesa e foi fundador e elemento da Direção do Círculo Cultural Miguel Torga, bem como sócio fundador da Sociedade Africanóloga de Língua Portuguesa.
Carlos Carranca integrou o Centro de Estudos de História Contemporânea e foi co-fundador do Centro de Iniciação Teatral.
Estudioso das tradições populares e académicas de Coimbra, é como poeta que se torna conhecido, com três livros ligados à temática coimbrã: “Serenata Nuclear”, “7 Poemas para Carlos Paredes” e “Coimbra à Guitarra”. É, porém, como divulgador da poesia portuguesa, enquanto poeta e ensaísta (torguiano convicto) e na qualidade de animador cultural, que o seu trabalho ganhou importância.