16 de Maio de 2025 | Coimbra
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Morreu o ex-ministro Jorge Coelho

8 de Abril 2021

O ex-dirigente socialista e antigo ministro Jorge Coelho morreu, ontem, na Figueira da Foz, aos 66 anos, de doença súbita, quando visitava uma casa na zona turística da cidade.

Jorge Coelho foi ministro de três pastas nos governos de António Guterres: ministro Adjunto; ministro da Administração Interna; ministro da Presidência e do Equipamento Social. A partir de 1992, com Guterres na liderança, foi secretário nacional para a organização, contribuindo para a vitória eleitoral dos socialistas nas legislativas outubro de 1995.

Nascido em 17 de julho de 1954, em Mangualde, distrito de Viseu, era empresário, mas continuou sempre a acompanhar a atividade política, como comentador de programas como a Quadratura do Círculo, na SIC Notícias e TSF, mas também como cidadão.

Jorge Coelho marcou a atividade política ao demitir-se do cargo de ministro do Equipamento do executivo de António Guterres após a queda da ponte de Entre-os-Rios em 04 de março de 2001, alegando que “a culpa não pode morrer solteira”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou choque pela notícia da morte do antigo ministro e ex-dirigente socialista e recordou o seu “espírito combativo” considerando que, sem nunca exercer a liderança, influenciou a vida do país. O chefe de Estado referiu que Jorge Coelho “esteve presente na vida pública portuguesa durante três décadas, em várias qualidades: como governante, como parlamentar, como conselheiro de Estado, como dirigente partidário, como analista político e depois, numa fase mais recente, como gestor empresarial”. Descreveu-o como uma pessoa com “um estilo muito próprio, feito de intuição, de compreensão rápida e antecipação às vezes daquilo que eram as correntes da opinião pública, de perspicácia analítica, de espírito combativo, às vezes polémico, mas também de grande afabilidade, e de abertura de todos os quadrantes e a todo o tipo de realidade que emergia na sociedade portuguesa”.

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), António Costa, assumiu também que o partido ficou “em choque” com esta perda, recordando que Jorge Coelho serviu com “grande dignidade” o Governo da República, foi “sempre” um fator de unidade no PS e poucos como ele exprimiram “tão bem a alma” dos socialistas. “Seguramente, os portugueses o recordarão como um cidadão dedicado ao seu país, que serviu com grande dignidade o Governo da República”, sublinhou.

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) lamentou também a perda de Jorge Coelho, destacando-o como a alma do PS, um homem solidário e um empresário e gestor de sucesso. Em comunicado, a ANMP, liderada Manuel Machado, apresentou as “mais sentidas condolências à família”.

“Jorge Coelho foi um destacado político, a alma do Partido Socialista, um dos mais estimados dirigentes do partido, um homem solidário”, refere a ANMP. Enaltece ainda que Jorge Coelho foi um “empresário e um gestor de grande sucesso, uma força capaz de vencer os mais difíceis obstáculos, um espírito de tolerância que o tornaram um homem e um político mobilizador de vontades em prol do país”.

Muitas outras entidades e personalidades, de todos os quadrantes políticos, lamentaram a perda de Jorge Coelho, um desaparecimento que deixa o país mais pobre.


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