O presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, anunciou, na sexta feira, depois de uma reunião com a empresa Metro Mondego e o secretário de Estado das Infraestruturas, que foi dado “novo alento” ao projeto do Sistema de Mobilidade do Mondego, que prevê a instalação de autocarros elétricos (metrobus) entre Serpins, no concelho da Lousã, e Coimbra B, com uma linha urbana até ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, numa extensão total de 42 quilómetros e um investimento estimado de 125 milhões de euros.
O autarca, que dias antes tinha lamentado que este projeto continuasse “enguiçado”, apelando ao Governo para que o desbloqueasse, disse agora, durante a reunião da Assembleia Municipal, que o processo de instalação do ‘metrobus’ no antigo ramal ferroviário da Lousã e na cidade de Coimbra está a decorrer dentro dos prazos previstos. Sobre o necessário desbloqueamento em Coimbra, entre a beira-rio e os Hospitais da Universidade de Coimbra, anunciou que se está a proceder aos “trabalhos finais” para o projeto ser elaborado.
Manuel Machado disse que “todas as etapas estão a ser respeitadas” e revelou que a empreitada entre Serpins e o Alto de São João, referente ao troço suburbano, está em processo de análise de [duas] propostas na empresa Infraestruturas de Portugal.
Recorde-se que o concurso foi lançado no início de fevereiro para o troço suburbano, representando um investimento de 25 milhões de euros. A empreitada deverá estar concluída no prazo de 15 meses após a consignação, prevendo-se que o sistema de transportes comece a funcionar de forma faseada a partir de 2021.
O Sistema de Mobilidade do Mondego vai servir as populações dos concelhos de Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra, que estão há cerca de 10 anos privadas do Ramal da Lousã, uma linha onde circularam comboios durante mais de 100 anos.