MEDEIA de Eurípides foi apresentada na Quinta das Olaias, espaço exterior do Centro de Artes e Espetáculos (CAE), na Figueira, no passado dia 21, pela Companhia de Teatro NOITE BOHEMIA da Corunha. Tratou-se de uma feliz extensão da 24ª edição do FESTIVAL INTERNACIONAL de TEATRO CLÁSSICO ao Campus da Universidade de Coimbra na cidade-praia. A Universidade coimbrã irá ainda dispor de instalações na antiga Central de Camionagem e que foi o antigo e inicial Liceu da Figueira da Foz. Este FESTIVAL DE TEATRO tem levado os grandes temas clássicos e autores ao grande público. Excelente ideia. Fomos assistir. Mas ficámos desiludidos porque foi difícil escutar o enunciado das personagens e protagonistas embora o Coro fosse mais percetivel e audível. Sem microfones, sem amplificação sonora e com um vento a soprar perdeu-se, nalguns pontos, o enunciado já por si difícil com uma companhia galega.  Excelente o desempenho cénico dos participantes, da Medeia, da Ama, do Pedagogo, de Creonte e de Jasão, de todos os personagens e igualmente do Coro. Ainda foi possível acompanhar a narrativa visual cénica lendo um texto em português inserido num livro de bolso editado pela Imprensa da Universidade com Estudo introdutório e tradução da Doutora Maria Helena Rocha Pereira e que foi antecipadamente oferecido ao público. Admitimos haver razões que desconhecemos, mas pergunto objetivamente: POR QUE RAZÃO NÃO HOUVE MICROFONES? Perdeu-se uma boa parte deste belo espetáculo teatral.

TV´S A MAIS COM ASSISTENTES A MENOS

Já repararam na quantidade de aparelhos de televisão espalhados por cafés, restaurantes e por outros locais públicos que são uma espécie de fornecedores de poluição visual e sonora? Muitas vezes é difícil manter uma conversa com os amigos ou comensais a uma mesa de café ou de restaurantes perante esta “parafernália eletrónica” de televisores à espera de alguém que efetivamente assista ao que é apresentado. Muitas vezes o som leva-nos a ter que falar com os amigos ou funcionários dos espaços em voz alta. Esta é, apenas, a minha opinião. Usufruam, caros leitores, de um bom agosto, se possível, em ambiente de tranquilidade.

VETUSTA ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA: NOTA MÁXIMA

Dá gosto entrar nas instalações da ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE COIMBRA. Aspeto geral agradável, mas essa boa impressão estende-se aos vários espaços externos e internos. Ali se conjuga a tradição exposta ao público com um ambiente de eficiência e, por certo, os mais elevados saberes nas áreas de ensino e investigação.  Não conhecemos todos os espaços, mas estivemos recentemente numa parte das instalações e fixámos esta bela imagem de uma Escola Superior que é uma referência em Coimbra e no país, já com vetusta idade, mas com ares de vanguardista.