Se pudesses, Bontempo, regressar
Ao Mundo cujo abismo conhecias,
Certamente ouvirias soluçar
Poetas, rouxinóis e cotovias;
O Luar dos teus versos mais verias
A própria luz do Sol qu’rer usurpar
E, talvez, andorinhas deixarias
Nos invernos do olhar nidificar;
Darias as palavras que escreveste
Ao Mundo onde já estás, tão longe deste,
Repleto dos Leitores-Amigos teus.
Só assim se faria, pois, justiça,
P’la qual tanto lutaste, não postiça,
Ao enxugares as lágrimas de Deus!
16/3/2023 Ao mui Ilustre Dr. Manuel Bontempo,
sem cujo prefácio ao livro “E NU SENTE”, eu não poderia ter
mostrado “A NUDEZ DA INOCÊNCIA”.