Existe um espírito ético e uma crença infinita nos valores do jornalismo de Coimbra, uma razão absoluta na sua defesa, um imperativo de consciência que tem por fim o extenso conhecimento da cidade das freguesias, aldeias e vilas do concelho e onde o homem é uma espécie de antropologia na função moralizante de colocar os profundos problemas no conceito municipal e governamental.
Sempre foi a filosofia de O Despertar com colaboradores amantes do seu distinto burgo, a cidade do conhecimento.
O mais antigo jornal de Coimbra desde a sua fundação em 1917 teve homens colaboradores, de cultura universitária ou autodidatas de valia ímpar que mostraram a originalidade no comportamento cívico do mais “velho” paladim da sua defesa.
Por outro lado, houve sempre uma vontade de conduzir o homem de Coimbra e a imprensa à perfectibilidade.
O homem normal da nossa cidade depois de uma permanência romântica no ventilar a questão da liberdade da imprensa das últimas décadas numa filosofia estética, nas páginas de O Despertar, ajudou a uma novíssima abertura ao diálogo, à informação no contexto de uma sociedade aberta, no exprimir conceitos, no traduzir o pensamento com o patrocínio de O Despertar, em artigos, crónicas, reportagens, críticas, estudos…
O Despertar foi – e é – um jornal de influências e o conimbricense por regra assinante do mais antigo periódico da cidade do Mondego e entronca os seus assinantes em várias tendências sensitivas, sempre diferentes, que emprestam a esta linda cidade uma atmosfera moral de estar no mundo.
Colaboração prestigiante o mais antigo jornal desenvolveu a criatividade no jornalismo e pela sua redação passaram nomes importantes – Sílvio Pélico, Octaviano Sá, Falcão Machado, Amâncio Frias, Fausto Correia, Adolfo Freitas e tantos outros.
Atualmente O Despertar tem uma boa equipa!
Cento e três anos faz este “velhinho”.
Daqui o também velho colaborador saúda o companheiro de décadas, desde Coimbra, Lisboa e Paris, cujas crónicas foram uma constante, ou seja, foi a vitamina que me galvanizou para outras publicações e para o arrojo dos livros…
Onde ficam alegria e tristeza, “pedaços de mim”, no alvitre da poetisa Alda Belo.
Parabéns. E que seja longa a já longa vida de O Despertar!