O Município da Lousã assina hoje, no Paço Municipal de Santos, no Brasil, um acordo de geminação com aquela cidade brasileira. A comitiva portuguesa viajou ontem para o Brasil, a fim de participar na assinatura deste acordo que conta com o envolvimento da Direção da Associação Atlética Portuguesa (conhecida como Portuguesa Santista ou Briosa), na qual tem assento Armando Henriques, um empresário do setor das viagens e turismo, natural na Lousã. Para além do presidente da Câmara, Luís Antunes, a delegação lousanense integra o presidente da Assembleia Municipal, Carlos Seco Lopes, o vereador Orlando Ferreira e dois empresários da área da construção civil.
Luís Antunes disse à agência Lusa que esta geminação visa reconhecer “a importância da comunidade lousanense” naquela cidade portuária e na Região Metropolitana da Baixada Santista, no estado de São Paulo. O autarca estima que residam atualmente na zona de Santos “algumas centenas” de famílias da Lousã, tendo aquela região brasileira acolhido, desde a segunda metade do século XIX, milhares de portugueses oriundos daquele e de outros concelhos ligados à Serra da Lousã.
Luís Antunes pretende que, através desta geminação, seja possível “enaltecer a evidência dos lousanenses naquela sociedade e reforçar também os laços dos descendentes com o nosso concelho”, ao mesmo tempo que quer incentivar intercâmbios ao nível da cultura e da economia, entre outros.
Depois desta cerimónia no Brasil, deverá realizar-se um ato solene idêntico na Lousã. O autarca gostaria que tal sucedesse ainda este ano, se possível no verão, de forma a aproveitar a habitual visita dos emigrantes brasileiros ao concelho.
O programa da visita dos lousanenses a Santos inclui, amanhã e domingo, inclui contactos com empresas, coletividades culturais, desportivas e recreativas e um almoço de confraternização com a comunidade da Lousã. Prossegue na segunda feira com uma visita ao Consulado-Geral de Portugal em São Paulo e de terça a quinta com uma visita a Espírito Santo do Pinhal, no mesmo estado, onde o benemérito progressista João Montenegro, nascido na Lousã, fundou a colónia agrícola Nova Louzã, em 1867, com mais 29 homens e mulheres da sua terra natal.