Como é que eu poderia ser normal,
Se vejo a Imensidão dentro de mim?
Como é que eu poderia ser banal,
Se voltei a nascer depois do Fim?
Como é que eu poderia ser mortal,
Se detenho asas como um Querubim?
Como é que eu poderia ser igual,
Se ultrapassei o Topo de onde vim?
Como é que eu poderia ser comum,
Se existe no meu peito dom algum
Que me eterniza noutro Além profundo?
Como é que eu poderia ser vulgar,
Se sou dono da Lua e do Luar
E até do Louco que me trouxe ao Mundo?
30/10/2022 À Pureza Belo,
à guisa do meu (e)terno obrigado,
por me ter ajudado a grafar “Louco” com letra maiúscula.
Paulo Ilharco