São áreas a que estive ligado ou que me cativaram: a música, o futebol e a rádio. Quis o destino que tivesse feito amigos nessas áreas e admirado muitas personalidades que aí se inseriam. Hoje, de uma assentada, permitam-me enviar um grande abraço de PARABÉNS a um trio fascinante incluído nessas áreas. No início desta semana JOSÉ CID, residente aqui ao lado, em Mogofores, figura cimeira da música portuguesa e com uma projeção internacional da qual às vezes nos esquecemos, entrou na redonda data dos 80. Porém, está cada vez melhor e mais jovem nas suas atuações. Os seus espetáculos são de um modo geral apoteóticos e o público canta ou trauteia dezenas de canções do ZÉ CID. Cantor, instrumentista e compositor prodigioso e multifacetado tendo entrado em áreas tão diversas como rock, fado e jazz, mas não só, JOSÉ CID é um dos cantores mais premiados e com excelentes resultados em festivais internacionais. Evoco um álbum incrível de rock progressivo ou ópera rock com a marca da Orfeu/Arnaldo Trindade, o álbum 10.000 Anos Depois entre Vénus e Marte. O ZÉ CID nasceu para a música (como ele nos diz numa das suas canções), tem uma carreira brilhante e atrevo-me a dizer que não haverá um único português que não conheça uma ou meia dúzia das canções do ZÉ CID. Antes do Quarteto 1111 e dos Greenwindows com temas que foram uma vanguarda, o ZÉ CID estrelou em Coimbra e foi uma figura pendular no Clube de Jazz do Orfeon Académico. Envio-lhe um ABRAÇO DE PARABÉNS.
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Da música para o futebol verifiquei que na passada terça-feira, AUGUSTO FRANCISCO ROCHA, o enorme capitão da BRIOSA (e não só Mário Wilson que foi “o Capitão”) avançou na idade. O talentoso AUGUSTO ROCHA foi uma referência durante muitos anos do Futebol da Académica e no futebol português. Nasceu em Macau e aí começou a carreira tendo vindo para o Sporting onde fez duas épocas rumando em seguida para a ACADÉMICA onde foi preponderante com o seu estilo de jogo e contributo, de tal forma que a BRIOSA chegou a ser vice-campeã nacional da Primeira Divisão no final dos anos sessenta. Falar de ROCHA era, e ainda é, falar da ACADÉMICA e de um atleta cujo filho, MIGUEL ROCHA, lhe seguiu os passos. AUGUSTO ROCHA terá sido o melhor futebolista macaense e foi também um grande jogador internacional tendo integrado a Seleção Nacional. O Sporting que o deixou vir para Coimbra, pouco depois rendeu-se à classe do atleta e pretendeu levá-lo de novo para Alvalade, mas AUGUSTO ROCHA sedimentou-se em Coimbra e ligou-se afetivamente e para sempre à nossa cidade. É justo enviar-lhe um grande abraço de PARABÉNS com um OBRIGADO pela projeção que deu à Académica e a Coimbra.
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Mais jovem, mas já na reforma, e como não há duas sem três, deixo um terceiro abraço de PARABÉNS para o engenheiro JOÃO GUEDES. Um santacombadense que trabalhou na RDP/RTP com formação na área da engenharia de telecomunicações e que foi um elemento preponderante nas áreas da informática e de emissores. O João Guedes foi também um valioso colaborador episódico de rádios locais que o consultavam ou lhe solicitavam apoio técnico para questões delicadas que não conseguiam resolver e às quais este valioso amigo dava resposta. Dotado de uma formação humanista relevante, discreto quanto baste, JOÃO GUEDES, em “pezinhos de lã”, ajudou muitos e muito o audiovisual na região. O JOÃO integra o lote daqueles que ficam fora dos holofotes, mas sem eles era difícil construir bom som e/ou boa imagem. Acrescento que o JOÃO GUEDES completou mais um aniversário na passada terça-feira justificando este terceiro abraço de PARABÉNS.