21 de Janeiro de 2025 | Coimbra
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SANSÃO COELHO

Inverno… na hora

31 de Outubro 2019

Há dias, a esta hora em que escrevo, podia referir que estávamos a meio da tarde. Atualmente com a HORA DE INVERNO já é noite. Compreendo que a não haver mudança da hora as crianças açorianas iriam para a escola madrugada/noite escura, ou seja, às 7 ou 8 horas da matina. Quando se fez uma experiência de não mudança da hora foi isso que aconteceu. Contaram-me que as crianças açorianas ainda iam para a escola… dormir. Devo dizer-lhes que não confirmei esta informação recolhida à mesa de café. No entanto, não encontro explicação para Portugal não aceitar a HORA ÚNICA: a mesma no verão e no inverno!

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A TVI mostrou uma reportagem acerca de crianças que foram entregues pelo pai a um orfanato dos Açores e, posteriormente, levadas para os Estados Unidos para serem adotadas. A “protagonista” na aplaudida reportagem a qual nos deu a ver os factos sem os comentar, mostrou-nos a dor da adotada (hoje adulta) por não ter ficado com os pais biológicos. O pai, não quis dar a cara, justificou a entrega: a mulher morreu; ficou com cinco filhos menores, “fome não passaram, não senhor”, mas detetou-se que as dificuldades financeiras e sociais foram grandes. O que talvez este pai não tenha dito (porque deve ser difícil um pai dizê-lo) é que estas crianças tiveram uma nova família, a de adoção, a qual lhes proporcionou uma vida melhor. Pelos sinais exteriores depreende-se isso. O coração estará dilacerado (o dos filhos); O pai não o terá mostrado, mas deixou-nos recordar – e melhor perceber -, como o nosso país passou décadas de pobreza financeira e social. Logo após o 25 de Abril de 1974 fiz uma reportagem acerca do transporte de alguns doentes num concelho do alto distrito de Coimbra: vinham de padiola pelos “carreiros” até chegarem a um pedaço de estrada com asfalto e aí é que estava um carro de aluguer que os transportaria para os hospitais em Coimbra. Em quarenta e cinco anos Portugal mudou para melhor, mas há ainda problemas gravíssimos a resolver que começam na insularidade, na interioridade e… tenho mesmo que o dizer… no ALCOOLISMO e este aspeto, se está a ser efetivamente combatido, não está devidamente mediatizado.

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Temos novo Governo com poucas pessoas da Escola de Coimbra. Por outras palavras: em movimento ascensional Coimbra vai perdendo peso no TERREIRO DO PAÇO. Longe vai o tempo em que Coimbra, já depois da REVOLUÇÃO DOS CRAVOS, era uma FORÇA EM LISBOA.

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A data (DIA DE FINADOS celebrada, pelo menos, por católicos, ortodoxos, anglicanos e luteranos e crê-se que teve também influência de druidas e de druidesas na sociedade celta) combina com CRISÂNTEMOS e pouco com CRAVOS: Curvo-me perante a MEMÓRIA de muitas personalidades que nos deixaram há pouco tempo: ANTÓNIO MANUEL ARNAUT, CARLOS CARRANCA, LOUSÃ HENRIQUES, RUI BAPTISTA (nome forte ligado à Acreditar e referência na oncologia pediátrica) personalidades conhecidas que retiro de um obituário elaborado de fresco e ainda incluo o engenheiro LUÍS MONTELOBO durante anos presidente da CIRES de Estarreja, mas a morar em Coimbra e a espalhar sempre amizades e sociabilidades de muito afeto nesta cidade que o devia ter reconhecido melhor. Inesquecíveis. Tal como esta DATA. De muitas memórias.


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