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Incêndios: 475 habitações já foram entregues às famílias

22 de Fevereiro 2019

Das habitações destruídas nos incêndios de outubro de 2017, 475 já foram entregues às famílias. De acordo com Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), o processo de reconstrução de casas destruídas está cumprido em 60 por cento, tendo o Estado já aplicado 32 milhões de euros na reposição de casas, ao abrigo do Programa de Apoio à Recuperação de Habitação Permanente (PARHP), que abrange cerca de 30 municípios atingidos pelo grande incêndio de 15 de outubro daquele ano.

“Até agora, entregámos e pagámos 475 habitações, incluindo os apetrechamentos”, adiantou a presidente na semana passada, quando esteve em vários concelhos da região para, em representação do Governo e acompanhada com os presidentes das câmaras e outros autarcas, entregar as casas recuperadas às famílias, num total de 16 habitações que foram destruídos, total ou parcialmente, pelo fogo.

De acordo com os dados da CCDRC, nas últimas semanas perto de meia centena de famílias puderam regressar às residências que perderam há 16 meses. “Temos ainda em obra 320 casas em diferentes fases de reconstrução”, disse, prevendo que deverão ser “todas entregues” até junho.

Logo após o incêndio, que começou na madrugada de 15 de outubro de 2017, junto a Vilarinho, no concelho da Lousã, “houve uma fase inicial de muito trabalho burocrático, que não foi para o terreno”, recordou Ana Abrunhosa.

“Agora, as pessoas já acreditam” na resolução dos seus problemas habitacionais, com a recuperação das casas assumida pelo Estado, frisou.

A presidente da CCDRC lidera uma equipa de 10 funcionários do organismo, incluindo ela própria, envolvida no processo de recuperação de imóveis, no âmbito do PARHP.

A Comissão de Coordenação recebeu 1.311 pedidos de apoio à reconstrução e reequipamento das casas, dos quais foram aprovados apenas 823, que cumprem as condições estipuladas pelo programa.

Destes, 25 requerimentos são apenas para apetrechamento de habitações.

“Há 488 pedidos de apoio que não tiveram acolhimento no programa de apoio, o que corresponde a cerca de 37,2 por cento”, informa a CCDRC na sua página da internet.

Em todas as situações, tem havido ajuda da empresa de mobiliário Aquinos, de Tábua, que “doa sempre as camas e os sofás”, e de diversas empresas de têxteis, que fazem chegar os contributos através do movimento cívico Lírio Azul, com sede na Póvoa do Varzim, salientou Ana Abrunhosa.

“Nas centenas de casas que já entregámos, houve sempre grande alegria e grande carinho” da parte dos proprietários, declarou à Lusa, considerando que, nesta fase, importa também ajudar as pessoas a “transformar a casa num lar” .


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

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