(Este texto nasceu no dia 23 de abril de 2020, um dia que me foi roubado…)
Hoje é dia… de acordar em Barcelona e celebrar a paixão pelos livros… de sair de casa cedinho, passar no café do bairro e (re)encontrar os vizinhos… de tomar um “café con leche” enquanto leio, demoradamente, o jornal La Vanguardia… de ir de metro para o centro, descer a Ranbla de Catalunya e subir o Passeig de Gràcia… de entrar na Casa Batló e voltar a fotografar La Pedrera… de entrar em livrarias e mais livrarias que contam a minha (e muitas outras) história(s)… de saudar escritores e agradecer as suas letras… de ir tomar um café ao Schirling e aproveitar para procurar a Maruja Torres… de comprar as alpargatas na La Manual Alpargatera, uma das mais lindas lojas do (meu) mundo… de almoçar na livraria Laie, em Carrer de Pau Claris, enquanto passo para o meu caderninho vermelho o que o coração me diz ao ouvido… de esperar os meus amigos, que sabem que é ali que me encontram para o mais saboroso café do meu mundo… de tocar guitarra na velha lojinha de música das Ramblas… de passar pelo NBA Café e lançar a bola ao cesto… de receber rosas e oferecer livros… de me emocionar por mais uma vez saborear a Diada de S. Jordi… de agradecer a paixão por Barcelona e pela Catalunya… de abraçar amigos de uma vida e brincar com sobrinhos que me roubam as mais sonoras gargalhadas… de dar gracias a la vida que me ha dado tanto. Hoje é dia…