Vila Galé, fundado em 1986, é hoje considerado um dos principais grupos hoteleiros portugueses, sendo detentor de 43 unidades hoteleiras – 32 em Portugal, nas regiões do Algarve, Beja, Évora, Elvas, Alter do Chão, Estoril, Lisboa, Coimbra, Serra da Estrela, Porto, Braga, Douro, Madeira e Açores; 10 no Brasil, nas regiões de Alagoas, Rio de Janeiro, Fortaleza, Caucaia, Salvador, Guarajuba, Pernambuco, Touros, Angra dos Reis e São Paulo; e uma em Cuba. Até ao final deste ano, o grupo conta abrir mais três hotéis. Em Espanha, na Isla Canela, será inaugurado, em abril, o primeiro resort do Grupo Vila Galé.
O grupo dedica-se, essencialmente, à exploração e gestão de todos os hotéis que o constituem, à realização de projetos e à construção de novos empreendimentos turísticos.
A sociedade, gerida por Jorge Rebelo de Almeida e fundada por Gonçalo Rebelo de Almeida, emprega cerca de 3.750 funcionários.
Penacova vai ganhar uma nova unidade hoteleira de 4 estrelas
Este mês, o Grupo Vila Galé comprou o antigo hospital de Penacova, cujas funções cessaram na década de 80. Mais tarde terá sido fundado, no mesmo local, em 2002, o hotel “O Palacete do Mondego”, desativado há 14 anos, desde 2010, devido à rescisão de contrato entre a empresa concessionária (Gonçalves & Ferraz, Lda.) e a entidade proprietária do empreendimento (Hotel Penacova, S.A, que integrava capitais da Câmara Municipal e da Santa Casa da Misericórdia). Nos dias que correm, o edifício apresenta um elevado grau de degradação. Será reconstituído e transformado num hotel de quatro estrelas, segundo fonte do grupo hoteleiro.
O presidente da Câmara Municipal de Penacova, Álvaro Coimbra, explica que a criação desta unidade hoteleira vai ter grande impacto na economia local, trazendo uma nova dinâmica ao centro histórico da vila.
“Vai criar emprego, é um investimento privado de alguns milhões de euros e que vai dinamizar o aparecimento de outros pequenos negócios ligados à atividade do turismo. Penacova precisava muito de um investimento deste género e de uma unidade hoteleira para dar um outro impulso ao turismo, que já é por si uma atividade marcante no nosso município”, remata.
O autarca afirma ainda que “às quase cinco dezenas de alojamentos que temos no concelho, faltava uma unidade hoteleira desta dimensão, que vai ajudar a projetar ainda mais Penacova”.
Vila Galé estende o seu património a Ponte de Lima
O Grupo Vila Galé adquiriu, além disso, uma propriedade em Ponte de Lima, no distrito de Viana do Castelo, para a remodelar, transformando-a num hotel e num projeto de enoturismo e produção de vinhos verdes. Trata-se do Castelo Curutêlo, também conhecido por Corutelo ou Paço do Corutelo, edificado há cerca de 900 anos, que consta do ano 1126. O edifício, classificado como “Imóvel de Interesse Público” desde 1997, situa-se na freguesia de Ardegão, Freixo e Mato.
A propriedade adquirida pelo Vila Galé abrange quase 57 hectares e prevê-se que abra ao público já em 2025, apesar de o primeiro vinho lá produzido ser lançado este ano, no dia 25 de abril.
Aquando da apresentação do projeto de enoturismo, o presidente do grupo hoteleiro, Jorge Rebelo de Almeida, mostrou-se satisfeito e afirmou: “chamam-nos malucos porque estamos a investir no interior do país. Quanto mais penso neste hotel, mais acredito que vamos ter um grande êxito. É bom viver e visitar o interior, não por solidariedade, mas porque vale mesmo a pena. Não tenho dúvidas que os mercados emergentes, como os EUA e o Brasil, gostam muito de visitar o interior de Portugal fora dos períodos altos do turismo”.
A remodelação deste espaço vai gerar 42 postos de emprego. As equipas serão depois complementadas “com outros elementos que já trabalham no grupo e que transitarão para a nova unidade como forma de progredir nas suas carreiras e integrar os novos elementos”, explica membro do grupo.
De acordo com Carlos Alves, diretor regional de operações do Vila Galé, “este é mais um exemplo da estratégia que a Vila Galé tem vindo a reforçar, de investir na reabilitação de património histórico e de contribuir para o desenvolvimento de regiões do interior do país, gerando emprego que permita fixar as populações, promovendo o crescimento e reduzindo as assimetrias”.
“Grande Hotel da Figueira” também se junta ao grupo
O grupo Vila Galé adquiriu, também, no segundo semestre de 2023, o “Grande Hotel da Figueira da Foz”, até à altura integrado na Accor, estando a abertura prevista para abril deste ano.
O investimento nesta unidade hoteleira ronda os dois milhões de euros, visto que está a decorrer uma remodelação de todos os 102 quartos, do bar, do restaurante, do lobby e da receção, acrescentada uma pizzaria “Massa Fina”, uma piscina exterior e um lounge, além de uma área de spa com sauna, banho turco, duche Vichy, salas de massagem e um ginásio.
O hotel , considerado “ex-libris” da cidade pela sua presença arquitetónica e estética pós modernista dos anos 50, localiza-se na marginal, perto da praia, e foi inaugurado em junho de 1953, estando, desde 2002, classificado como “Imóvel de Interesse”.