O Conselho de Ministros aprovou na passada quinta-feira (7) a extensão da medida do IVA zero sobre alguns produtos alimentares considerados essenciais até ao final do ano, anunciou o secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa.
“E é por isso, pela medida ter resultado, que estando a medida prevista acabar no próximo mês de outubro, amanhã [passada quinta-feira] o Conselho de Ministros vai aprovar a extensão da redução do IVA zero até 31 de dezembro, para continuarmos a controlar o preço dos bens alimentares fundamentais para as famílias portuguesas”, anunciou na passada quarta-feira (6) António Costa, na Academia Socialista, em Évora, iniciativa que marca a rentrée socialista.
A descida de 6% para 0% num conjunto de 46 produtos alimentares considerados essenciais entrou em vigor em abril.
No que toca ao IRS, o líder socialista defendeu que o executivo não precisa de “inventar nada” e salientou que o Governo mantém o objetivo já traçado: “o compromisso que nós temos é nos próximos anos retirarmos mais quase outros dois mil milhões de euros de pagamento de IRS que os portugueses ainda mantêm”, disse.
Numa intervenção que contou com casa cheia no Évora Hotel, o primeiro-ministro fez ainda referência à crise da habitação num outro momento do seu discurso. O programa do Governo “Mais Habitação”, que foi vetado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai ser reapreciado no parlamento no dia 21 de setembro.
“Sabemos bem que quem enfrenta interesses leva pancada de todos, e se procurar ser ponderado, equilibrado, ter bom senso, leva mesmo pancada daqueles que acham que fomos bons demais e daqueles que acham que não fomos demasiado bons”, defendeu, acrescentando que está “há muitos anos habituado a levar pancada por ser equilibrado e moderado”.
Costa argumentou que a política de habitação “não é contra ninguém” mas “a favor das novas gerações” e das famílias que vivem “situações dramáticas”.
“E há algo que eu pergunto: se é justo, se é ético e se é moral, quando há tantas pessoas a quererem uma vida nova, e tantas casas a precisarem de uma nova vida, que direito há de manter as casas fechadas, sabe-se lá à espera do quê”, argumentou