O Município de Góis promove amanhã (1 de novembro) a Feira dos Santos, do Mel e da Castanha, um evento com grande tradição que atrai, todos os anos, muitos visitantes ao concelho. No dia em que se recordam entes queridos já falecidos, com as habituais romarias aos cemitérios, a autarquia realiza este evento que dá a conhecer os produtos da região e que se assume como um espaço privilegiado de encontro e confraternização entre a população e os muitos goienses que, apesar de se encontrarem nos mais variados pontos do país, regressam a sua terra natal nesta altura do ano.
A realização desta feira é uma das tradições que, como recorda em nota divulgada a presidente da Câmara, Lurdes Castanheira, é “muito prezada” pela comunidade, acreditando que serão ainda muitos os “goienses que preservam memórias de uma tradição, com mais de 60 anos, tendo como espaço a área envolvente da capela do Castelo, local onde decorria a antiga Feira dos Santos, uma iniciativa que permitia que as famílias se reunissem em torno de um mercado, com destaque para a matança do porco e para a prática gastronómica da confeção dos torresmos, nesse mesmo espaço e em comunidade, um hábito que passava de ano para ano”.
Entretanto, com o evoluir dos tempos, muito mudou, a começar pela proibição do abate dos suínos fora dos estabelecimentos aprovados para esse efeito, ou seja, fora dos matadouros. Por outro lado, o espaço começou a demonstrar também “não possuir as condições necessárias, dada a afluência do público e/ou de vendedores”, explica a autarca, o que levou à transferência para o Parque de Lazer do Baião deste evento que, aproveitando as celebrações do feriado nacional, aposta na promoção dos produtos endógenos e nos produtos agrícolas sazonais, merecendo especial destaque a castanha e o mel.
“Desde então tem conseguido manter-se fiel à tradição (ainda que recente) organizando, anualmente, aquela que veio a denominar-se como Feira dos Santos, do Mel e da Castanha, a decorrer no Parque de Lazer do Baião, no dia 1 de novembro, procurando, em cada edição, inovar em termos daquilo que é a sua programação cultural, sem descurar a relevância de preservar e valorizar o seu património imaterial, promover a sustentabilidade local e uma economia circular”, realça Lurdes Castanheira.
A feira abre às 7h00, com a receção aos feirantes, artesãos e apicultores, e prolonga-se até ao final da tarde com muita animação. Aposta num programa abrangente que, para além da vertente de exposição e venda, conta com muitas outras atrações, como concursos, gastronomia, animação infantil, momentos musicais e eventos desportivos, como o torneio de malha inter-coletividades e um passeio BTT.
Destaque ainda para a apresentação pública do modelo de proteção da vespa velutina designado de “api Túnel Elétrico”, pela Terra de Ouro, e para a etnografia. O programa termina com a recriação do tradicional magusto, onde não faltam as castanhas assadas e a água pé.
Durante todo o dia haverá também animação com a “Apis melífera”, abelha mascote apresentada no ano passado e que, para além da vertente lúdica, aposta também em ações de sensibilização ambiental.
Lurdes Castanheira lembra que esta edição conta com o apoio de “um conjunto de parceiros essenciais” e deixa um convite a todos para que “visitem a Feira dos Santos, do Mel e da Castanha” e “permitam-se, deste modo, fazer parte da história deste concelho”. Convida-os também “a conhecer as tradições e a partilhar de um conjunto de experiências únicas intrínsecas à verdadeira essência de Góis e dos goienses”.