“O Nascimento do frade menor ‘António’ em 1220 nos Olivais em Coimbra” é o título do livro que Francisco Andrade lançou, no sábado, no auditório do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC).
O autor tem sido um acérrimo defensor de Santo António e da importância que a cidade de Coimbra teve na vida deste frade. Francisco Andrade, presidente da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, considera que “não foi fácil demonstrar como é errado sempre que se fala em Santo António dizer-se apenas que é o Santo de Lisboa”.
Para o autor, “a teoria de que tudo começa e acaba no local de nascimento é incorreta”. Considera que existe uma “falta de rigor à verdade”, já que “se minimiza a importância do seu crescimento religioso, humano, e as opções de vida que foi tomando durante o ‘caminho’ que o levaria a Santo”.
“Entristece saber que a maioria dos habitantes de Coimbra desconhece a importância da sua cidade na vida de Santo António e muito mais entristece que as entidades máximas o ignorem”, refere, no livro, recordando que Fernando, de batismo, abdicou do seu título de cónego para o de frade menor, com o nome de António, trocando a via burguesa em que nasceu e depois a vida faustosa no Mosteiro de Santa Cruz, pela vida de pobreza como passou a viver no Eremitério dos Olivais.
Apresentado por Norberto Canha e Lino Vinhal, numa sessão que decorreu numa sala quase cheia e que contou ainda com um momento de poesia, com Maria Regina Rocha a recitar alguns dos poemas que integram a obra, este livro enaltece a importância que Coimbra teve para Santo António, defendendo o autor que Coimbra deve recuperar este pedaço de património religioso e cultural que, no seu entender, está claramente subaproveitado.