Acredito que neste momento da Humanidade há mais que motivos para todos nos questionarmos sobre as mudanças necessárias, em muitos campos. Assim, há razões para nos questionarmos acerca do que andamos a fazer neste Planeta.
Sobre o sentido da vida e do que há a fazer para entrarmos no fluxo da existência, tal como ela se apresenta e não sermos trucidados. Muitos perdem o trabalho, que lhes dava segurança para viverem, em família. Procuram e não encontram, por mais que se entreguem às tarefas mais simples, que nada têm a ver com a sua formação.
Outros sofrem lutos, arrastados nesta pandemia. E não é preciso ser idoso, embora alguns estejam à espera de se verem livres daqueles que tanto fizeram por eles, e que hoje são tidos como um peso e despesa desnecessária.
Outros têm doenças ou desaires na vida, que nunca contaram antes serem possível. A família desmorona-se! Toda a estabilidade dada pela comida, bebida, fausto e festas com os amigos, tudo se foi. Viagens de sonho. Ter boas casas e bons carros. Poder. Mordomias e todo o seu conceito de felicidade se desmoronam. Exercícios de lógica. Estratégias. A inteligência organizada e por objetivos, não conseguem segurar o antigo ideal ilusório de sonhos terráqueos de sucesso. Para esses irmãos terráqueos, apenas vibrando nos três “chakras” básicos, sem transcendência, de repente tudo se destrói.
Ficam confusos e no vazio. Sem chão. Recorrem aos químicos, como sempre fizeram ou então metem-se com os advogados e os técnicos mais racionais , iguaizinhos a eles. Pagam bem e eles dizem-lhes o que eles querem ouvir. E continua tudo na mesma. De tal modo assim é, que quando cruzam seres espirituais a fazer uma experiência na Terra, a viver em consonância com as suas escolhas, acham que eles são visionários. Não percebem como pessoas tão cultas, podem “embarcar em novas conceções tão diferentes das suas. Acham que aqueles estão fora do contexto, só vivendo de histórias, fora deste planeta. Criticam os seus modelos diferentes, buscando a sua tribo, para se fortalecerem e se sentirem em casa, em níveis de gratidão. Entendimento. Novos diálogos de alegria. Paz e bem!
Aqueles lógicos raramente conhecem a experiência autotélica, em fluxo, em que a felicidade é incomensurável. Nesta atitude, numa entrega ao momento presente, o ser dá-se, pelo prazer do que faz, apenas pela recompensa interna, sabendo que há muito mundo para além da nossa pequenez.
Quando parece que o chão lhes foge, sabem que o seu espírito corre mais rápido do que o corpo e isso é que cria esse desfasamento, mas não se assustam. Sabem que têm a responsabilidade de criarem a sua saúde. Paz. Amor. Felicidade e prosperidade. Abundância divina e dão sempre o seu melhor, recebendo também dos outros o seu melhor. Sabem que ninguém tem o poder de fazer feliz ou infeliz outrem, senão o próprio, único responsável pelo modo de encarar a sua vida. Entrega. Confia e agradece sempre o melhor, que o Universo, Deus e a vida trazem ao seu encontro, só precisando de se abrir. Confiar. Acolher. Agradecer.
Tal como os Pinguins, que quando o gelo parte, sob seus pés, sabem que está na hora de levantar ferro e partir para novas paragens para ter os seus filhotes, também sabem que nós temos intuições, que os mais lógicos, abafam de imediato, enquanto outros acolhem com gratidão e sabem que é a verdade dos seus corações a única que têm que ouvir, voz da sua essência a respeitar para se sentirem confortáveis.
Sobre a noção do tempo, faz-se o que se pode, naquele espírito de recompensa interna apenas, pois muitas vezes recarregando baterias numa nova energia e novo modo de estar ser e estar, ficamos sujeitos a sensações diversas.
Portanto há os que despertaram e despertam e têm uma visão diferente da realidade, da vida, do Universo e da sua relação com o Invisível. Esses percebem, por exemplo, as mudanças do despertar, não deixando de passar por experiências menos fáceis, sabem que tudo concorre para o nosso bem: quer as melhores situações, quer as outras. Sabem que as dores que têm, e são muitas, resultam de mudanças profundas nos seus seres, num acordar e ativar de novas dimensões. Sabem que é bom estar sozinho, pois isso aguça-lhes a resposta à necessidade de se auto conhecerem e comprometerem-se com a responsabilidade de assumir o seu próprio poder e as suas vidas, sem muletas, nem esteios, como sempre fora.
A solidão pode aparecer pesada, mas é desejável, por ser mais próxima de tudo que os rodeia. Dormem menos bem. Acordam para se reorganizarem no silêncio da noite, sem drogas, nem desespero. Querem contribuir par um mundo diferente e melhor. Partilham o que têm de melhor, aceitando dos outros também o seu melhor. Fogem das multidões e confusões, não só pelos atuais contágios virais do corpo, mas também da alma, pois há certos ambientes pesados, que logo captam e dos quais têm que se afastar. Estar atentos. Depois de terem feito o seu melhor, buscar entrar no fluxo da vida que os leva na corrente, com alegria suave e tranquila.
Por todas estas razões, é bom fluir, já que tudo se entrega, sem apego e o melhor vem ao nosso encontro sem medos, nem ansiedade. Controlo. Lógica. Jactância de que somos auto-suficientes. Poderosos. Não! Nunca mais.
Mas, protegidos por um poder maior que nunca nos abandona. Nele crescemos. Somos novas criaturas, sempre em fluxo, por todos os tempos sem fim, certos que haja as mudanças que houver, uma nova visão nos segura em novos mundos e novas posturas de fé, gratidão e felicidade!
Este despertar, demore o que demorar, sempre vai acontecer, a todas as criaturas.