Começa hoje mais uma edição do Festival do Arroz e da Lampreia de Montemor-o-Velho, evento que, durante 10 dias, vai promover os sabores do campo e do rio, bem como todos os outros produtos autênticos e genuínos que estão enraizados na cultura do concelho. O Município propõe uma verdadeira viagem pelos “sentidos” e “sabores”, num certame que conta também com atrações musicais e iniciativas para toda a família.
O Festival do Arroz e da Lampreia vai animar Montemor-o-Velho de hoje a 24 de março. A tenda gigante volta a ocupar o centro da vila, tendo o Castelo como cenário e convidando população e visitantes a conhecerem e degustarem o que de melhor e mais característico há nesta região do Baixo Mondego.
Apesar ter como principais protagonistas o arroz carolino produzido nesta região e a famosa lampreia do Rio Mondego, o Festival aposta em tudo o que é tradicional para continuar a afirmar este certame que, como afirmou o presidente da Câmara, Emílio Torrão, é já “uma realidade incontornável dentro dos festivais gastronómicos do país”. Durante a apresentação do evento, que decorreu na segunda feira, nos Paços do Concelho, o autarca afirmou que este Festival está completamente consolidado, atraindo atualmente “pessoas de Norte a Sul do país” e traduzindo-se em “muitos milhares de refeições servidas” durante esta realização que, no seu entender, serve para “afirmar um produto que é feito de uma forma muito especial e muita próprio em Montemor-o-Velho”, região onde a lampreia é “preparada e servida de uma forma muito peculiar”.
Mas nem só o arroz e a lampreia inspiram este Festival. O autarca destaca também os sabores do campo e do rio e toda uma diversidade de produtos tradicionais e identitários do concelho, do monte e das Gândaras, sem esquecer a doçaria regional, merecendo o arroz doce uma atenção especial nesta edição, com a realização de “uma maratona” de 12 horas de confeção ininterrupta. Emílio Torrão considera que, com esta iniciativa, Montemor abre “um novo caminho” para a produção desta iguaria que, neste concelho, é confecionada com leite da Gândara e com base na receita ancestral, que tem passado de geração em geração. Esta “maratona” está marcada para amanhã, entre as 12h00 e as 24h00, período em que serão confecionados, ao vivo, 30 quilos de arroz, que serão depois distribuídos, gratuitamente, pelos visitantes do Festival.
É, portanto, toda esta vasta oferta que vai estar disponível diariamente no Festival. De sexta a domingo vão estar abertas as quatro tasquinhas presentes – Casa do Povo da Abrunheira, Casa do Povo de Arazede, Centro Beira Mondego/Santo Varão e Grupo Folclórico da Ereira – e nos restantes dias da semana vai funcionar uma por dia, de forma rotativa, assegurando assim o serviço ao almoço e ao jantar.
Atrações para todas as idades
Para além dos sabores e ementas propostos nas tasquinhas, que voltam a ser asseguradas pelas coletividades locais, o Festival oferece ainda um espaço infantil (Morlândia) com insufláveis, oficinas e atividades lúdicas e pedagógicas; uma zona exclusiva de bares e petisqueiras com sete espaços; uma mostra de artesanato do concelho que conta com 13 espaços; 17 postos de venda do Mercado de Produtos Endógenos e Doçaria; quatro representações institucionais; três espaços de comércio e serviços; cinco espaços de exposição de maquinaria agrícola; um espaço de “cozinha ao vivo” destinado à gastronomia local; e um posto de venda de café. A tudo isto junta-se ainda um programa de animação forte, onde se destacam vários momentos musicais e a transmissão em direto, amanhã, entre as 11h00 e as 20h00, do programa da RTP “Aqui Portugal”.
Tal como tem sido habitual, nesta edição o Festival volta a estender-se a seis restaurantes que, durante todo o mês, promovem também estes sabores típicos do concelho, numa mostra que aposta no slogan do Município “Valorizar o que é nosso”.
Uma das novidades deste Festival, que cresce em espaço, ocupando uma tenda com mais de 3.500 metros quadrados, é a existência de um ringue de hóquei para promover a diversão das crianças e jovens e despertar-lhes a curiosidade para esta modalidade.
Com um orçamento de 60.000 euros, o Festival do Arroz e da Lampreia conta ainda com serviço de multibanco, wi-fi, fraldário e acessos e lugares de estacionamento melhorados. Trata-se de um evento pensado para toda a família, com “forte cunho da identidade local”, que aposta na gastronomia mas também na animação para todas as idades, onde não falta a música, o teatro, o folclore e o desporto, em eventos assegurados essencialmente pelas coletividades locais e que se concentram, sobretudo, aos fim de semana. De referir ainda que, associado a este programa, vai realizar-se, no último fim de semana de março, o tradicional Festival da Lampreia de Ereira.
Dez dias de festa para toda a família
O Festival do Arroz e da Lampreia de Montemor-o-Velho é inaugurado hoje, às 19h00, seguindo-se a apresentação oficial das tasquinhas e das suas ementas, continuando a animação à noite com o espetáculo “Mondego em Fado”.
Amanhã a programação abre às 11h00, com a transmissão em direto, pela RTP, do programa “Aqui Portugal”. Segue-se, das 12h00 às 24h00, a maratona da confeção do arroz doce, várias reconstituições etnográficas do Baixo Mondego e Gândara durante a tarde e o concerto Faith and Frinfel, às 21h00.
No domingo destaque para a sessão de cozinha ao vivo, pelo Centro Beira Vouga, às 14h00. Seguem-se vários momentos de animação durante a tarde e noite, com dança, folclore e etnografia.
O programa de animação continua no fim de semana seguinte, de 22 a 24 de março, com mais atividades para toda a família, como mais sessões de cozinha ao vivo, teatro, música, dança, atuações de Dj e desporto.