Após dois anos de interregno devido à pandemia, a Feira popular regressa hoje à Praça da Canção, pelas 20h00, com a promessa de muita animação para miúdos e graúdos.

O certame, organizado pela União de Freguesias (UF) de Santa Clara e Castelo Viegas, fica marcado pelo escasso apoio financeiro da Câmara Municipal de Coimbra. Habitualmente, o apoio fornecido ronda cerca de 51 mil euros, com a compra da bilheteira, mas este ano poderá chegar apenas aos 15 mil e ainda em aprovação pela Câmara.

“Fomos apanhados desprevenidos com este corte no apoio e fez com que a feira ficasse em risco, mas nós resolvemos realizá-la na mesma e a Junta de Freguesia naturalmente assumirá as consequências financeiras negativas que daí advém”, explica Bertília Simão.

O investimento na Feira Popular ultrapassa os 140 mil euros, mas “ainda nem sequer começou e já têm um prejuízo de cerca de 40 mil. Só com a venda de muita sardinha é que conseguem colmatar os gastos que desta advêm”, explica José Simão.

Contudo a Câmara vai na mesma ajudar através dos apoios camarários como a isenção de pagamento do aluguer dos locais dos expositores e fornecendo todas as condições necessárias a nível de segurança, higiene e outras que se mostrem necessárias para que a feira decorra com normalidade.

“Era impensável não realizarmos a Feira Popular. Gostamos muito que se realize. E, se temos de fazer este sacrifício nós faremos, não só pela nossa gente, da freguesia, como pelas pessoas de Coimbra”, reforçou o presidente da UF.

O certame, considerado uma das realizações bastante atrativas, conta com mais de quarenta expositores e vários artistas da região, que prometem animar e movimentar a Praça da Canção.

A nível de divertimentos não faltam os carrosséis, carrinhos de choque, este ano com mais dez metros de pista face a anos anteriores, a roda gigante, animação ambulante, circo e fogo, entre muitos outros. As farturas, as sardinhas, as tasquinhas e os expositores de artesanato também não vão faltar. Muitos expositores vêm de outras freguesias como, por exemplo, a União de Freguesias de Coimbra, a União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades, a União de Freguesias de Assafarge e Antanhol e as respetivas coletividades da União de Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas.

“A presença das coletividades tem como fim a promoção da área social tendo em conta o facto de estarmos em pandemia. As instituições acabam por não ter verbas para as despesas básicas e para a Junta não ter de financiar, a Feira Popular faz com que ganhem dinheiro para sobreviverem enquanto associação”, explica o presidente da UF.

A entrada é totalmente gratuita, sendo que a feira abre todos os dias às 20h00 e encerra nas vésperas de fim-de-semana e feriado às 02h00 e nos restantes dias à 00h00. As atuações durante a semana ocorrem pelas 22h00 e aos fins e semana pelas 23h00.

“Venham ser felizes connosco. Venham à Feira Popular que fez, faz e irá fazer parte do nosso imaginário”, remata Bertília Simão.