O grupo B da primeira fase do Euro 2020 é um dos dois que já se encontra “fechado”, não estando dependente da chegada das quatro seleções que surgirão via “play-off”.
Dinamarca, Finlândia, Bélgica, Rússia alinham num (quase) equilíbrio que tende a perspetivar-se favorável a dinamarqueses e belgas, mas nestas coisas da bola o que parece nem sempre é.
“Diabos Vermelhos”
A Bélgica é atualmente a líder do “ranking” FIFA e nas fases finais das grandes competições procura não deixar os seus créditos por pés alheios. No Euro 2016 chegou aos quartos-de-final, depois de falhar três presenças consecutivas, e no Mundial de 2018 garantiu o terceiro lugar, ao derrotar Inglaterra no “jogo de consolação”, após falhar a grande final, derrotada pela França nas meias-finais.
Um apuramento sem mácula para o Euro2020, com triunfos nos 10 jogos disputados, com 40 golos marcados e Lukaku em grande deixam antever que é possível fazer melhor que há quatro anos, agora pela mão de Roberto Martínez, o antigo médio espanhol, que em 2016, após o Europeu assumiu o comando dos “Diabos Vermelhos”.
Quem tem Eden Hazard, Lukaku, Origi, De Bruyne, Witsel, Courtois e outros mais tem direito a sonhar alto. E eles sonham…
“Dinamáquina”
A Dinamarca já venceu um Campeonato da Europa. E mesmo que já tenha sido há muito e de forma inesperada, nada impede que possa voltar a fazer boa figura. Os tempos e as realidades são outros, mas a “Dinamáquina” pode surpreender, depois da ausência há quatro anos.
Quatro vitórias e outros tantos empates no apuramento para a prova deste ano não são o melhor “cartão-de-visita”, todavia, o futebol dinamarquês procura manter uma trajectória ascendente espelhada numa razoável prestação no Mundial de 2018, com uma chegada aos oitavos-de-final.
Age Hareide foi o timoneiro dessa caminhada, ele que como jogador foi meia centena de vezes internacional pela… Noruega. No currículo, como treinador, ostenta a conquista de campeonatos em todos os países escandinavos e depois do desempenho há dois anos não quererá agora ficar atrás na prestação.
“Os soviéticos”
E os russos? 2020 vai servir para verificar se o brilharete no “seu” Mundial de 2018 foi competência e qualidade ou obra do acaso futebolístico.
A turma de Leste chegou aos quartos-de-final, depois de ter eliminado a super-favorita Espanha e só baqueou no desempate por grandes penalidades diante da Croácia, que viria a marcar presença na final.
É este desempenho que agora terão (ou não) de confirmar. A presença nos Europeus não tem sido famosa (em 2016 não passaram da primeira fase), mas antes nos Mundiais também não fora.
É preciso recuar a 2008 para encontrar uma Rússia a ultrapassar a primeira fase e, nesse caso, a chegar às meias-finais. Saliente-se, contudo, o registo histórico do triunfo na mais importante prova europeia de seleções em 1960, ainda então com URSS.
O selecionador Stanislav Cherchesov está a colocar os russos de novo na rota do bom futebol e no Verão tem mais um passo a dar nessa caminhada.
Finlandeses
Eis uma das grandes incógnitas do Euro2020. O que conseguirá fazer a estreante Finlândia. Europeus e Mundiais nunca quiseram nada com ela e ela com elas. Até agora. Sinal de desenvolvimento do futebol finlandês, a seleção orientada por Markku Kanerva alcançou pela primeira vez na sua história a qualificação para uma grande competição. Quando assim lá vem a conversa da falta de experiência, mas o fator-surpresa pode constituir maior dor de cabeça para os adversários do que a recorrente ausência finlandesa nestes palcos.
Seis vitórias e quatro derrotas na qualificação é o registo que apresentam, por certo a requerer ainda muito trabalho, mas com ganas de não fazer má figura na estreia.
Teemu Pukki e Fredrik Jensen são duas das unidades em quem os finlandeses contam para “furar” as redes adversárias. E se estiverem em “dias-sim” vão constituir um problema para quem os apanhar pela frente. A seguir com atenção…
CURIOSIDADES DO EURO
O que é o UEFA eEURO 2020?
É uma nova competição do campeonato no mundo virtual, nomeadamente no jogo de computador Pro-Evolution Soccer (PES). São organizados torneios online, digressões a nível nacional e campos de treino, onde os jogadores podem ser treinados e monitorizados. A equipa vencedora do eEURO 2020 receberá bilhetes para a final do UEFA EURO 2020, bem como um prémio monetário.
11 de Jjunho, “Até já!”
A seleção nacional portuguesa inicia a preparação para o Euro na Cidade do Futebol, em Oeiras, e parte para Budapeste, capital húngara onde vai ficar instalada durante a competição, a 11 de junho, a cinco dias da estreia na prova.
Melhores marcadores dos últimos 20 anos
Os melhores marcadores desde o Euro2000, realizado na Bélgica e Países Baixos, foram: Patrick Kluivert (Holanda), Savo Milošević (Jugoslávia); em 2004 Milan Baroš (República Checa); em 2008 David Villa (Espanha); em 2012 Fernando Torres (Espanha), Alan Dzagoev (Rússia), Mario Gomez (Alemanha), Mario Mandžukić (Croácia), Mario Balotelli (Itália) e Cristiano Ronaldo (Portugal); e em 2016 Antoine Griezmann (França).
Desempate por penalties
Até ao momento, 18 jogos da fase final do Campeonato da Europa da UEFA foram decididos por penalties. O desempate por grandes penalidades só foi introduzido na quinta edição do torneio, em 1976. Uma final que contou com o remate de Antonín Panenka, jogador da Checoslováquia.
A importância do fator-casa
Apesar de existirem 12 cidades anfitriãs no EURO2020, apenas a Inglaterra tem oportunidade de vencer a competição em casa, já que é lá que se vai realizar a final. O fator-casa serve muitas vezes de motivação, pois a seleção anfitriã nunca ficou fora dos quatro lugares do pódio.