O espaço urbano compreendido entre a rotunda da Estação Velha e o Bairro de Santa Apolónia tem vindo a registar intensa atividade no domínio de obras para implantação de novas unidades económicas. A nível rodoviário sofreu também uma intervenção, já concluída, na estrada até ao início do parque industrial de Eiras, mas é no domínio de novas instalações que se nota uma dinâmica que confirmará ser toda esta zona um espaço empresarial de excelência que tem vindo a atrair novas empresas ou ampliação de algumas existentes.
A primeira parte daquela linha é essencialmente urbana, sobretudo da Estação Velha até ao Bairro de S. Miguel, acima do Bairro do Brinca. A partir daí é essencialmente industrial até à entrada de Eiras e Bairro de Santa Apolónia, sendo nesta área que mais se nota a atividade construtiva que atrás referimos. Até há 50 anos atrás esta zona, agora cheia de empresas, tinha pouquíssima atividade. Lembramo-nos apenas da Textilândia, da Miderâmica, entretanto desaparecidas e pouco mais. Também a Sociedade Nacional de Padarias ali se instalou, embora por poucos anos porque faliu. Uma fábrica de tecidos (Blazer?) laborava também por ali, onde começaram há dias obras para instalação de mais uma superfície comercial, o Intermarché. Pouco mais por ali havia, até porque funcionava naquele morro, atrás da hoje Escola D. Dinis, a carreira de tiro do Exército que ali fazia exercícios bastas vezes e resguardava para esse efeito uma vasta área onde mais nada podia haver.
Uma autêntica cidade empresarial
Hoje esta linha – que poucos ou nenhuns espaços disponíveis terá – está completamente cheia e valerá a pena referir as unidades mais recentes, de há dez/quinze anos para cá. Empresários asiáticos, chineses sobretudo, gostam da zona: restaurantes há dois, o mais recente de grande dimensão que trouxe alguma novidade e mantém apreciável movimento, nas proximidades da Makro. Antes já existia o Panda que, espicaçado pela concorrência, meteu obras e está a remodelar todo o seu interior. Lojas chinesas há também duas, ambas de apreciável dimensão e anuncia-se uma terceira, em fase de construção onde em tempos funcionou a Textilândia. A ser assim, unidades chinesas já vão em cinco. Construções há pouco iniciadas ou a prepararem-se para isso, são várias também, incluindo a Mercadona que a 28 deste mês de Novembro vai inaugurar a sua segunda loja de Coimbra, esta localizada no Bairro de Santa Apolónia. Repare-se a força empresarial desta zona, sobretudo no domínio comercial. Além do chamado Retail Parque de Eiras, só em médias superfícies tem: o Pingo Doce, o Continente, o Auchan e está prestes a iniciar a Mercadona atrás referida; cá mais atrás existe já há bastantes anos o Recheio, depois veio a Makro e ali ao lado o Intermarché começou as obras há dias
As empresas de comunicação social da cidade também descobriram esta zona aqui há uns anos. Primeiro foi o Diário de Coimbra e a Fig, das primeiras unidades a dinamizar esta área; mais tarde, vinte e tal anos depois, veio o grupo Media Centro, com a Rádio Regional do Centro, o Campeão das Províncias e o Despertar.
Esta amostragem, sem a pretensão de ser rigorosa ao milímetro, serve para documentar o quanto esta periferia da centro da cidade se tem vindo a desenvolver, a justificar que só em restaurantes ande à volte de uma dúzia, ainda que aos fins de semana apenas abertos estejam apenas três ou quatro.