Estou só. Vivo com um coração esquartejado de dor. Não me apetece deixar de estar só.
Nas curvas apertadas do meu rosto nasceram, há muito, as estradas do tempo, linhas de vida. São traços mal traçados de dor e paixões, também memórias e testemunhos imperecíveis.
Amanhã serei o tempo que vivi – que passou – que determinou. Amanhã serei a estrada, – vadia – mal traçada – sem condutor, sem condução, sem nada.
António Inácio Nogueira