Colocar sempre as pessoas em primeiro lugar, assegurando-lhes qualidade de vida e todas as respostas de que necessitam no dia a dia, é a preocupação maior da União de Freguesias (UF) de Eiras e S. Paulo de Frades. Com uma população estimada de 18.000 habitantes, esta localidade de Coimbra congratula-se com o crescimento registado nos últimos anos, tanto a nível de habitantes como de empresas, mas tem ainda muito potencial para continuar a desenvolver-se e a crescer.
Situada mesmo “às portas” da cidade de Coimbra, a UF de Eiras e S. Paulo de Frades oferece “condições únicas” a quem a escolheu para viver, trabalhar ou fixar os seus negócios. O presidente da UF, Fernando Abel Simões, destaca o “grande crescimento populacional” que tem registado nos últimos anos, bem como a introdução de novas indústrias que aí se quiseram fixar.
Para o autarca, a qualidade de vida começa ao pé da porta e depende, grandemente, dos serviços e respostas que as pessoas encontram nas suas freguesias. Neste caso, garante que a “população encontra todos os serviços de que necessita”, seja a nível de comércio e serviços mas também na área da saúde e do ensino, dispondo de equipamentos que respondem não só a esta UF mas também a outras freguesias vizinhas, como sucede com as duas Unidades de Saúde Familiar e também com a rede de escolas.
E como não se pode falar em qualidade de vida sem emprego, Fernando Simões destaca o crescimento que se tem verificado na zona em termos de comércio e indústria, anunciando que estão “a chegar novas empresas muito em breve” a Eiras. “Hoje temos, na área alimentar, todas as grandes superfícies instaladas na freguesia, com a exceção do Intermarché que está para breve, estando já aprovado o projeto, previsto para a periferia de Eiras”, realça.
“É bom que se diga que a grande zona empresarial de Coimbra está na UF de Eiras e S. Paulo de Frades. Eiras tem aí representados os mais variados setores de atividade”, sublinha, lamentando apenas que, muitas vezes, os “projetos acabem por ficar pendentes”, apesar da “forte vontade dos empresários de se fixarem aqui”.
Zona Norte tem todas as condições
para ajudar a cidade a crescer
Para Fernando Simões, a “zona Norte de Coimbra reúne as melhores condições para ajudar a cidade a crescer”, já que se trata de uma localidade “onde a qualidade de vida é muito boa, as vias de acesso à cidade são muito rápidas e não há índices de poluição que sejam inibidoras da qualidade de vida dos cidadãos”. Por outro lado, realça, “tem ainda muita área para tratar, que pode ser tratada sem desconfigurar aquilo que temos e que permite conjugar perfeitamente a zona industrial com o parque habitacional”.
Mas, para que este crescimento seja efetivo, não basta a ambição da UF e do seu executivo. É preciso o apoio da Câmara de Coimbra que, de acordo com Fernando Simões, tem procurado encontrar soluções, sempre que solicitada. Um dos anseios do executivo passa, neste momento, pela existência de mais espaços que possam acolher mais empresas, nomeadamente na zona do Parque Empresarial de Eiras, onde há “ainda muito por onde crescer”.
“Precisávamos que a Câmara conseguisse limpar o que tem do Parque Empresarial de Eiras porque há terrenos que foram vendidos no passado e em que ainda nada foi feito. Consta-me até que houve quem comprou lotes para fazer negócio o que é expressamente proibido. Quando os lotes foram vendidos até havia prazos para construção. Deixou-se correr tudo para a área da justiça, os processos perdem-se, por vezes durante anos, nos tribunais e quem fica a perder é o desenvolvimento local”, lamenta.
Para o autarca, este Parque “tem de crescer e tem muitas condições para o fazer”, faltando, por vezes, “algum bom senso” que permita chegar a acordo e a soluções que “beneficiem as pessoas e o território”. Fernando Simões recorda, por exemplo, que “ainda há bem pouco tempo uma grande empresa de distribuição de referência quis fixar-se em Eiras, ia criar muitos novos empregos, mas acabou por desistir e escolher outra localização porque pediram valores exorbitantes pelos terrenos”. Apesar das tentativas da UF e da Câmara para encontrarem uma resposta que fosse ao encontro dos anseios desta empresa, os “preços praticamente incomportáveis” levaram os responsáveis a mudar de planos e optarem por outra localização.
“As pessoas para serem felizes precisam de trabalho”
A fixação de empresas e o emprego que criam são determinantes para o crescimento e qualidade de vida de uma freguesia, cidade ou região. Fernando Simões sublinha que as empresas “têm uma ação social profunda, que criam riqueza e, ao empregarem pessoas, trazem felicidade”, já que “as pessoas para serem felizes precisam de trabalho”.
“A felicidade não se compra, acontece quanto temos algo de bom para fazer na vida”, sublinha o autarca, destacando também outros projetos que são fundamentais para a qualidade de vida diária das pessoas e com os quais a UF se tem preocupado, como a requalificação de passeios e tapetes, criação e melhoramento de zonas de lazer, plantação de árvores, limpeza de ribeiros, entre outras intervenções que trazem benefícios a todos os habitantes.
“São pequenas obras que vão ao encontro da filosofia que defendemos e que assenta no facto de que a qualidade de vida começa ao pé da porta, e passa pela segurança das pessoas, para quem temos que olhar em primeiro lugar”, realça, apelando também a “um maior civismo”, sobretudo na estrada, quando estão ao volante e “se esquecem de que todos somos peões, num momento ou noutro”.
Fernando Simões elogia também o grande projeto que se encontra em curso na área do saneamento e abastecimento de água, um investimento da Câmara, através da empresa municipal Águas de Coimbra, que ronda os 2,5 milhões de euros e que vai beneficiar cerca de 1.700 habitantes de três freguesias do concelho – Eiras e S. Paulo de Frades, Santo António dos Olivais e Torres do Mondego –, nomeadamente as povoações de Casal do Lobo, Cova do Ouro, Dianteiro, Carapinheira da Serra e Serra da Rocha. Com este investimento, a par de outros que estão também em curso nesta área, esta UF vai ficar com “uma cobertura de saneamento e água muito perto dos 100 por cento”.
Projetos determinantes mas… inacabados
Há, contudo, outros projetos determinantes para o desenvolvimento desta freguesia mas que estão inacabados ou que tiveram que ser suspensos. Exemplo disso é o projeto que estava preparado para a Adémia, que previa o melhoramento de toda a zona envolvente, não só em termos paisagísticos mas também ao nível do ordenamento do trânsito, obra que ficou por realizar, uma vez que os terrenos são propriedade das Estradas de Portugal.
Há outra grande obra, inacabada, que poderia trazer grandes benefícios não só para esta UF mas para toda a zona Norte, nomeadamente para as freguesias de Brasfemes e Souselas. Trata-se da continuação da A13 que o Governo parou, ainda no tempo de Passos Coelho, em Ceira, quando havia um projeto que o ligava ao Botão e à linha do IP3. “Este projeto está parado há anos e representa um prejuízo incalculável para Coimbra, especialmente para a zona Norte”, frisa o autarca, apelando aos “responsáveis políticos para que peguem neste projeto e o continuem”, para benefício de toda esta região.
“Nós, executivo, procuramos dar sempre o melhor uso possível ao orçamento de que dispomos. Pelo que nos compete – e este ano o orçamento que nos foi disponibilizado pela Câmara melhorou um pouco – temos várias obras projetadas e é nossa intenção levar a cidade a caminhar, cada vez mais, no sentido das freguesias”, realça. Para Fernando Simões tem que ser esse o caminho a seguir, “de uma forma natural” e para que “não se criem guetos nas periferias”.
“Podemos ter cidades muito bonitas mas se as periferias forem guetos será muito mau para a sociedade do futuro. O meu desejo, enquanto autarca e enquanto cidadão, é contribuir para que a cidade vá crescendo e seja harmoniosa para todos”, sublinha.