O Dia Mundial da Saúde, que ontem se comemorou, assume-se como uma oportunidade única para alertar a sociedade e todos os cidadãos para a importância de apostar em atividades e ações que promovam o seu bem estar. Criar hábitos de vida saudáveis é, por isso, o grande apelo que sobressai desta data, uma efeméride que este ano foi dedicada ao tema “Nosso Planeta, nossa saúde”.
Esta data celebra-se desde 1950, tendo sido escolhida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a sua primeira assembleia, em 1948. A OMS escolhe, todos os anos, uma temática diferente para comemorar o Dia Mundial da Saúde, tema que passa a ser uma prioridade na sua agenda internacional.
É isso que sucede com o adotado este ano. “Nosso Planeta, nossa saúde” assume-se, como refere a OMS, como uma área que considera de “preocupação prioritária”, tendo em conta o atual contexto de pandemia, a poluição do Planeta e a incidência crescente de doenças. Estas celebrações pretendem, por isso, assumir-se como “uma oportunidade única para uma recuperação verde e saudável da pandemia da covid-19, que coloca a saúde das pessoas e do Planeta no centro das ações e fomenta um movimento para criar sociedades focadas no bem estar”.
“Somos capazes de imaginar um mundo com ar puro, água e comida disponíveis para todos? Onde o setor económico esteja focado na saúde e no bem estar? Onde as cidades sejam mais habitáveis e as pessoas controlem a sua e a saúde do planeta?” – estes são alguns dos temas que visam promover a reflexão sobre ações de preservação do Planeta e a sua relação com a melhoria da qualidade de vida das pessoas. No seu site, a OMS divulga um relatório, onde dá conta que a exposição ao ar poluído aumenta os danos na saúde humana, mesmo em baixos níveis. Este documento, que antecipou a comemoração do Dia Mundial da Saúde, aponta que a “chave” para reverter esta realidade passa pela “redução de combustíveis fósseis”. Revela, também, que “quase toda a população global, ou 99 por cento, respira ar fora da qualidade recomendada”, o que considera ser “uma ameaça à saúde mundial”.
De acordo com a organização, mais de 6.000 cidades em 117 países estão a medir a qualidade do ar, revelando os dados que “os residentes respiram níveis elevados de partículas finas e dióxido de notrogénio”. Perante estes dados, alerta para a necessidade de reduzir o uso de combustíveis fósseis e tomar outras medidas que contribuam para a diminuição da poluição do ar. Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, considera que as preocupações atuais destacam a importância de “acelerar a transição para sistemas de energia mais limpos e saudáveis”.
A OMS aproveitou também esta data para deixar algumas recomendações, nomeadamente para melhorar a qualidade do ar, gerir melhor os resíduos industriais e municipais e reduzir a incineração de resíduos agrícolas, incêndios florestais e certas atividades agrícolas e florestais, entre outras medidas fundamentais para proteger o Planeta e, consequentemente, melhorar a saúde de todos.
A OMS quer, no fundo, que este tema funcione como um alerta para todos, procurando demonstrar que muitas questões não dependem apenas das respostas que surgem do setor da saúde mas que passam também pelas ações de todos – Governo, entidades diversas e sociedade.
Esta data surgiu precisamente com esse objetivo de consciencializar as pessoas sobre a importância da preservação da saúde e de as sensibilizar para a adoção de comportamento que melhorem a qualidade de vida.
Recorde-se que no ano passado esta data foi dedicada ao tema “Construindo um mundo mais justo e saudável”.