Cem “noivas” vão desfilar, amanhã (5 de outubro), no Terreiro da Erva. Trata-se de um evento pioneiro e diferenciador que vai trazer para o centro histórico 100 vestidos, todos de Coimbra, que marcaram as tendências no século XX, bem como 12 expositores ligados à indústria dos casamentos.
Promovido pela Associação de Indústria, Comércio e Empresas de Coimbra (AICEC) e União de Freguesias (UF) de Coimbra, este evento pretende reviver os casamentos antigos, dando, ao mesmo tempo, a conhecer o que as empresas têm atualmente para oferecer nesta área. Mas, apesar de estarem no recinto 12 expositores, a partir das 14h00, a “essência” desta realização não tem como foco principal a vertente comercial. Tem, acima de tudo, como explica o presidente da UF, João Francisco Campos, um cariz mais histórico e intimista, ao apresentar ao público “100 vestidos que já foram usados pelo menos uma vez e que estão recheados de história”.
A maioria dos vestidos é do século passado, havendo também alguns modelos mais recentes, que vão ser apresentados por ordem cronológica, do mais recente para o mais antigo, conduzindo assim os visitantes numa viagem em direção ao passado. De acordo com Irina Pires, da organização, o mais antigo é de 1961 e o mais recente de 2015, havendo portanto modelos variados, que darão a conhecer as tendências que marcaram todos estes anos.
João Francisco Campos entende que este é “um evento diferenciador”, que vai trazer as famílias para o Terreiro da Erva. “Vamos ter vestidos de várias épocas e a nossa ideia é ter as pessoas originais que os vestiram a desfilarem com eles ou então as netas, filhas, noras, sobrinhas ou alguém muito ligado à história daquele vestido”, realça. Será, portanto, uma “noite de emoção”, com cada vestido “a trazer um bocadinho da história de várias vidas para este desfile”.
Para o autarca, esta não é apenas mais uma realização que vai dinamizar a Baixa, apesar da importância que esse fator tem. “A Baixa tem tido bastante vida, temos dado o nosso contributo a par com muitas outras entidades, mas, neste caso, penso que este é um evento fundamental para tirar as pessoas de casa. É diferente, com algum pioneirismo, muita emoção e que envolve todas as gerações”, frisa.
João Francisco Campos agradece à AICEC pelo “desafio” lançado à UF, bem como pelo trabalho que realizou, tanto na “recolha dos vestidos como a tentar perceber as suas histórias”.
O programa começa logo ao início da tarde, a partir das 14h00, com a exposição, que conta com a presença de 15 empresas ligadas ao setor e animação assegurada por um Dj. O desfile está marcado para as 21h00, num programa que inclui ainda um desfile infantil de vestidos de cerimónia, atuação do Coimbra Gospel Choir e a reprodução da primeira valsa dos noivos. No desfile principal vão desfilar os 100 vestidos, que vão ser apreciados por um júri, havendo prémios para os três modelos mais bonitos.
De referir que este evento tem um cariz solidário, sendo cada participante convidado a levar um bem alimentar ou material escolar, que será oferecido ao Centro Social e Cultural 25 de Abril.
Tendo em conta a imprevisibilidade do tempo, que já levou ao cancelamento de outros eventos da UF, a organização tem um “plano B”. Assim, caso chova, o desfile será transferido para o Pavilhão da Palmeira, logo ao lado, na Rua Simões de Castro.