A Alzheimer Portugal apoia e reforça o apelo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para a urgência da criação do estatuto de cuidador informal que visa a garantia da defesa da dignidade humana, permitindo que os cuidadores informais passem a ser reconhecidos a nível de apoios sociais, medidas de articulação entre o trabalho e a prestação de cuidados, soluções de alívio, entre outros.
José Carreira, presidente da Alzheimer Portugal, lamenta que se esteja “há muito à espera da criação deste estatuto”, uma vez que “os cuidadores informais têm uma grande importância na vida das pessoas com demência, assegurando cuidados por vezes a tempo inteiro, vendo a sua vida completamente alterada”.
Em nome da Associação, deixa uma palavra de profundo agradecimento à “dedicação e persistência” que Marcelo Rebelo de Sousa tem manifestado na defesa da criação do estatuto do cuidador informal, “acreditando que a mesma se traduza numa efetiva mudança legislativa e na vida das pessoas”.
Segundo a Entidade Reguladora da Saúde, Portugal é um dos países europeus com mais cuidadores informais sem formação e um dos países com maior taxa de cuidados domiciliários informais da Europa.
A Organização Mundial de Saúde estima que em todo o mundo existam 47.5 milhões de pessoas com demência, número que pode atingir os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050 para os 135.5 milhões. A doença de Alzheimer assume, neste âmbito, um lugar de destaque, representando cerca de 60 a 70 por cento de todos os casos de demência.
A Alzheimer Portugal é a única organização em Portugal, de âmbito nacional, especificamente constituída com o objetivo de promover a qualidade de vida das pessoas com doença de Alzheimer e dos seus familiares e cuidadores.