22 de Abril de 2025 | Coimbra
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Paulo Ilharco

“CONTÁGIO”

3 de Junho 2022

Nos olhos de uma criança

Pude ver livre, a avançar,

Um balão cheio de esp’rança,

Em busca de outro lugar.

 

Sempre que pestanejava,

O balão também descia…

Mas, depois, lá continuava

A subir por onde qu’ria.

 

Como nuvem de algodão,

Já muito perto do Céu,

Perfurou a Imensidão

E pôs-se ao lado de um véu.

 

Tal adorno era pertença

De uma Mulher que foi Mãe

De uma Luz bem mais intensa

Do que aquela que o Sol tem.

 

Não seja, pois, de estranhar

Que o balão, no seu regresso,

Trouxesse nele Esse Olhar

Que eu não tenho e tanto peço.

 

Não sei se foi por presságio,

Ou por desígnios, enfim,

Que se deu este “contágio”

Da criança olhar p’ra mim.

 

Por isso é que os olhos meus

Não são falsos, controversos:

São a forma de eu ver Deus

Através dos próprios versos!


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