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Consumo de adoçantes não aumenta glicose no sangue

6 de Setembro 2018

Uma recente revisão sistemática e meta-análise, realizada por investigadores da Universidade de Illinois (Estados Unidos) e que analisou 29 ensaios clínicos controlados aleatórios, com o total de 741 participantes, para avaliar se os adoçantes sem ou de baixas calorias afetavam o nível de glicose no sangue, concluiu que o índice glicémico não é afetado pelo seu consumo.

Esta revisão incluiu apenas aspartame, sacarina, glicosídeos de esteviol e sucralose, sendo a sucralose e o aspartame os dois mais utilizados. Na União Europeia há um total de 19 adoçantes autorizados com base nos critérios de segurança avaliados e aprovados pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA).

O objetivo da meta-análise, publicada no European Journal of Clinical Nutrition, foi estimar e apurar, a partir do resultado dos 29 estudos, a trajetória das concentrações de glicose no sangue em intervalos de 30 minutos durante sete horas após o consumo de adoçantes sem ou de baixas calorias.

Além disso, o efeito foi também avaliado “pelo tipo de adoçante não nutritivo, idade, peso e estado de saúde dos participantes”. Neste sentido, a análise mostrou que “o consumo de adoçantes sem ou de baixas calorias não aumentou o nível de glicose no sangue e o seu valor diminuiu gradualmente durante o período de observação após o seu consumo”.

A revisão científica monitorizou “a trajetória do nível de glicose no sangue nos primeiros 210 minutos após o consumo de adoçantes sem ou de baixas calorias e identificou um declínio significativo na glicemia em relação ao ponto de partida de referência a partir aproximadamente dos 120 minutos”.

Por outro lado, “o impacto glicémico do consumo de adoçantes sem ou de baixas calorias não diferiu por tipo de adoçante (aspartame, sacarina, glicosídeos de esteviol e sucralose), mas em certa medida variaram de acordo com a idade, peso e estado diabético dos participantes.

Como o texto deste estudo explica, “a ausência de impacto glicémico do consumo de adoçantes sem ou de baixas calorias torna-os instrumentos nutricionais potencialmente úteis para pessoas com diabetes ou num regime de perda de peso”. Estes podem igualmente ajudar na redução da ingestão de açúcar e ajustá-la às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Desta forma, “os adoçantes sem ou de baixas calorias fornecem um sabor doce com nenhumas ou poucas calorias, tornando-se um substituto popular para os açúcares”, já que a sua capacidade de adoçar é 30 a 1.000 vezes superior à sacarose.


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

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