O consultório de saúde oral nos cuidados de saúde primários em Coimbra entrou em funcionamento, no final de dezembro, no Centro de Saúde de Santa Clara.
De acordo com a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), este consultório destina-se “à população do concelho de Coimbra” e surge no âmbito do programa “Saúde Oral para Todos”, que, criado pelo ministério da Saúde, visa “a implementação de consultas de saúde oral nos cuidados de saúde primários (CSP)”.
A nova consulta, que recebe “utentes de todas as unidades de saúde de Coimbra referenciados pelo médico de família”, dá prioridade a “doentes portadores de diabetes, neoplasias, patologia cardíaca ou respiratória crónica, insuficiência renal em hemodiálise ou diálise peritoneal e transplantados”, esclarece a ARSC.
A equipa da nova consulta de medicina dentária é constituída por uma médica dentista e uma auxiliar de ação médica.
Na área de intervenção da ARSC já há, no âmbito deste programa, consultas de saúde oral em Carregal do Sal, Santa Comba Dão, Viseu e Vouzela, no distrito de Viseu, em Castelo Branco e em Ovar (Aveiro), estando prevista a entrada em funcionamento de “três novos gabinetes no primeiro trimestre de 2020”.
A ARSC tem, entretanto, acordos já formalizados com mais 17 municípios para a criação destas consultas, para “melhorar a capacidade de resposta nos CSP”.
As consultas de medicina dentária, a nível dos cuidados de saúde primários, foram criadas em 2016, “de forma faseada, através do desenvolvimento de experiências-piloto, que foram sendo alargadas a todas as regiões do país, com bons resultados”, afirma a ARSC, explicando ainda que “a estratégia para a saúde oral no Serviço Nacional de Saúde” tem sido orientada no sentido de aumentar e melhorar a sua cobertura “ao nível dos cuidados de saúde primários, de forma universal e com equidade, para o reforço da literacia”.
“O conhecimento das populações”, especialmente as mais jovens, e “a adequação de comportamentos, nomeadamente preventivos, são componentes decisivas na melhoria sustentada da saúde oral e para o desenvolvimento de ações intersetoriais que envolvam as autarquias, alinhadas com os planos locais de saúde”, conclui a ARSC.