O Município de Condeixa-a-Nova vai estender o apoio alimentar a todos os alunos do escalão A, até ao 12.º ano, durante este período de pandemia da Covid-19. Depois de uma primeira fase, que começou a 19 de março e abrangeu os alunos do pré-escolar e do 1.º ciclo daquele escalão que ficaram sem apoio alimentar devido ao encerramento das escolas, a autarquia passa a entregar também cabazes alimentares aos restantes estudantes do concelho, até ao 12.º ano, que sejam abrangidos no escalão A.
De acordo com a autarquia, na primeira fase foram entregues 60 cabazes aos alunos do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo, nas suas residências. Esta medida vai estender-se agora aos 134 alunos do escalão A do 2.º e 3.º ciclos e do ensino secundário, com as entregas a decorrerem à quinta e sexta feira.
“Recorde-se que esta seria uma responsabilidade do ministério da Educação mas, em conjunto com o Agrupamento de Escolas de Condeixa, decidimos suprimir esta falha impedindo que se tenham que deslocar às cantinas”, realça o presidente da Câmara de Condeixa, Nuno Moita da Costa.
“Quando as escolas fecharam as autarquias ficaram encarregues de adotar as medidas necessárias para a prestação de apoios alimentares a alunos beneficiários do escalão A e no nosso concelho optou-se pela composição de um cabaz com bens alimentares em quantidade suficiente para duas semanas”, recorda.
Desta forma, a autarquia evita que os alunos tenham que se deslocar à escola para fazer as refeições, considerando que esta é “uma solução mais favorável por vários motivos, desde logo pela diminuição das interações sociais e gastos que uma entrega diária implicaria, mas também pela possibilidade de entregar em casa um cabaz com bens em quantidade suficiente para todo o agregado familiar, não apenas restritos ao almoço mas também pequeno almoço e lanche (leite, iogurtes, cereais e fruta)”.
Para além deste apoio aos alunos, a Câmara está a garantir ajuda a outros agregados com necessidades. De acordo com a vereadora da Educação e da Ação Social, Liliana Pimentel, “também foram e estão a ser fornecidos regularmente, de 15 em 15 dias, cabazes de bens alimentares a outras pessoas carenciadas e agregados familiares carenciados mesmo não tendo crianças a seu cargo como, por exemplo, idosos e alguns desempregados de longa duração e sem apoios do Estado”.
Nuno Moita da Costa destaca que esta medida tem também um impacto na atividade económica do Município, nomeadamente nos supermercados, uma vez que “os cabazes de bens alimentares foram adquiridos junto do comércio local por forma a ajudar este setor empresarial”.