16 de Julho de 2025 | Coimbra
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Concessão de Mosteiro de Coimbra prevê renda mínima anual de 19 mil euros

10 de Março 2023

O concurso para a concessão do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, situado na margem esquerda do Mondego em Coimbra, inscrito na plataforma Revive, programa de requalificação de património para fins turísticos, prevê uma renda mínima anual de quase 19 mil euros e uma duração da concessão de 50 anos para a requalificação e transformação do monumento num hotel de cinco estrelas. A concessão pela renda mínima prevista também “levará a um encaixe de quase um milhão de euros por parte do Estado no fim dos 50 anos”. Este concurso prevê ainda uma área total de construção de cerca de 13 mil metros quadrados, estando aberto a candidaturas até 31 de maio.

Tal como referido pela Câmara de Coimbra, há a possibilidade de majoração da pontuação das propostas que prevejam “um espaço interior de 600 metros quadrados para exposição de peças artísticas da bienal de arte contemporânea de Coimbra, Anozero”. No entanto, essa reserva pode ser feita para a Anozero ou “outro evento cultural também reconhecido pela autarquia”. “A interação e integração de um polo da bienal ou de outro evento cultural, nos termos previstos no caderno de encargos, é uma opção e não uma condição de participação ou fundamento de exclusão”, acrescentou.

A majoração apenas terá uma influência de 25 pontos em 225 possíveis (um máximo de 100 para o critério de contrapartida anual e um máximo de 100 para o critério de antecipação do início da exploração).

Nas peças do processo é referido que o contrato a estabelecer com o concessionário, caso inclua a bienal, terá de reservar o espaço de 600 metros quadrados de dois em dois anos, por um período mínimo de dois e máximo de três meses (com um mês extra de preparação), não estando previsto qualquer outra utilização pela Anozero do espaço, que ao longo dos anos tem ocupado o mosteiro fora do período da bienal, como vai ser o caso em abril, com a exposição do islandês Ragnar Kjartansson, patente até julho.

Após o anúncio da abertura do concurso e a manutenção da bienal como facultativa na requalificação do espaço, o diretor do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Carlos Antunes, afirmou que a organização da bienal julgava que a continuidade da Anozero naquele mosteiro seria “a condição a partir da qual se pensaria a reabilitação do mosteiro”.  “O que agora se propõe é a presença da bienal como possibilidade facultativa e não obrigatória, correspondendo a opção pela sua presença a uma majoração das propostas que assim o queiram”, salientou.

O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, assegurou que “a bienal nunca estará em causa” nos moldes do atual concurso, referindo que os vários promotores contactados pelo Município “estão interessados na inclusão da bienal no processo”.


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