Na sua essência a pobreza coloca em causa a dignidade do ser humano que dela sofre. Para além da falta de recursos e de rendimento que garantam meios de subsistência sustentáveis está em causa a satisfação de direitos fundamentais que vão desde a educação, ou habitação, até à participação na vida da comunidade.
Com 22.4% da população em risco de pobreza ou exclusão social, Portugal passou a ser o 8º país da UE27 com maior proporção da população a viver este tipo de vulnerabilidade social e económica. Sem os apoios sociais, 4, 4 milhões são pobres ou têm rendimentos abaixo do limiar da pobreza [554 euros mensais], o que passa para 1,9 milhões após as transferências sociais.
Igualmente à escala global hoje, mais de 780 milhões de pessoas vivem abaixo do Limiar Internacional da Pobreza (com menos de 1,90 dólar por dia). Mais de 11% da população mundial vive na pobreza extrema e luta para satisfazer as necessidades mais básicas na esfera da saúde, educação e do acesso à água e ao saneamento. Por cada 100 homens dos 25 aos 34 anos, há 122 mulheres da mesma faixa etária a viver na pobreza, e mais de 160 milhões de crianças correm o risco de continuar na pobreza extrema até 2030.
Saber como enfrentar este problema fundamental do nosso País que, conjuntamente com o tema da natalidade, questionam o nosso futuro colectivo são os objectivos do colóquio “Pobreza em Portugal – Reflexões do primeiro quartel do Séc. XXI” que terá lugar no próximo dia 13 de Janeiro pelas 17,30 horas no Instituto de Contabilidade de Coimbra/ Coimbra Business School-Auditório Marques de Almeida.
São organizadores a Comissão Diocesana Justiça e Paz; o Instituto de Contabilidade de Coimbra/ Coimbra Business School e a Associação Cristã de Empresários e Gestores.
Serão intervenientes o Professor Carlos Farinha Rodrigues-Docente no Instituto Superior de Economia e Gestão e autor de diversos estudos e análises sobe o tema e Monsenhor Jardim Moreira- Presidente da Rede Europeia Anti Pobreza. O moderador será o Jornalista Lino Vinhal.