14 de Outubro de 2024 | Coimbra
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Colégio das Artes sofre requalificação profunda

31 de Outubro 2019

A Universidade de Coimbra (UC) prevê investir cerca de 10 milhões de euros na requalificação do Colégio das Artes, com reabilitação de fachadas e intervenção na cobertura. Dignificar este espaço e melhorar as condições de trabalho da comunidade académica são os principais objetivos desta intervenção que deve demorar ainda alguns anos a estar concluída.

Durante a apresentação, que decorreu na semana passada, na Capela daquele edifício, o reitor da UC, Amílcar Falcão, anunciou que a obra será feita de forma faseada e não estará concluída no final do seu mandato (termina em 2023), tendo como dupla intenção dar “boas condições de trabalho” aos alunos e docentes, mas também conservar o edifício situado em zona classificada como Património Mundial da Humanidade. Sublinhou que o Colégio das Artes, à semelhança de todo o edificado da UC, “é um espaço para manter vivo”, manifestando o desejo de que a sua requalificação possa estar concluída em 2027, ano em que Coimbra poderá ser Capital Europeia da Cultura.

Anteriormente ocupado pelo hospital da cidade e hoje casa do Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra (DARQ), o Colégio das Artes vai ser objeto de uma intervenção de grande escala com vista a recuperar o edifício construído no século XVII. A exigência por parte do DARQ de uma intervenção estrutural no edifício já era antiga (o departamento está ali instalado desde 1988), sendo que, este ano, por ocasião do 30.º aniversário da existência do departamento, o seu diretor, José António Bandeirinha, voltou a exigir uma intervenção geral no Colégio das Artes, realçando que o edifício está “num estado muito próximo de poder proporcionar a ruína”.

Na ocasião, José António Bandeirinha realçou que a relação de metros quadrados por aluno no DARQ (6,9) é menos de metade dos estudantes da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (14,4), assim como em relação aos estudantes do Departamento de Engenharia Informática da UC (12,8), departamento com a relação mais baixa dentro da Faculdade de Ciências e Tecnologia a seguir ao DARQ.

José António Bandeirinha sublinhou que o edifício tem problemas de acessibilidade (há apenas uma escada de acesso ao primeiro piso), de segurança contra incêndios e também de conforto.

A intervenção prevê uma melhoria dos acessos, com a criação de quatro entradas, ao invés de uma que hoje existe, eliminação dos anexos e acrescentos criados aquando do funcionamento do hospital no Colégio das Artes, estando ainda preconizado explorar “as potencialidades com a envolvente urbana”, tornando-o “visível e visitável”, referiu. Pressupõe também um aumento de área utilizada, indo ao encontro da perspetiva de crescimento do departamento.

Esta intervenção profunda deverá custar, segundo o vice-reitor Alfredo Dias, 10 milhões de euros. Sem adiantar datas para a conclusão da requalificação, explicou que o projeto inclui as obras estruturais nas fachadas e no telhado, mas também as obras interiores, adiantando que os projetos para a recuperação das galerias internas e auditório estão “bastante avançados”, tendo sido já lançados os procedimentos “para os projetos das fachadas e do telhado”.


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