O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) apelou à população para não recorrer ao serviço de urgência sem contactar primeiro os cuidados de saúde primários ou a Linha Saúde 24 horas.
O objetivo é minimizar os constrangimentos na urgência do polo principal (Hospitais da Universidade de Coimbra), que está a ser remodelada e ampliada, numa intervenção que deverá estar concluída em junho do próximo ano.
“No sentido de minimizar os impactos das obras e o número de pessoas dentro da urgência, vamos deslocalizar os doentes menos complexos, que na triagem sejam pulseiras verdes ou azuis, para o polo do Hospital Geral (Covões)”, explicou o diretor clínico Nuno Devesa, em conferência de imprensa na terça-feira (14).
Para dar resposta a esta situação, o serviço de urgência do Hospital dos Covões está a funcionar desde quarta-feira (15), em horário alargado das 08h00 às 24h00 e com uma equipa reforçada.
Segundo Nuno Devesa, as obras foram divididas em várias fases de modo “a diminuir o impacto que pode haver no funcionamento normal da urgência, que vai continuar a assegurar todas as valências na região Centro e no país, que só existem neste hospital, nomeadamente a via verde AVC do trauma e a neuroimagiologia de intervenção”.
“A obra, no planeamento, foi dividida em fases de modo que haja sempre espaço e capacidade de resposta”, reiterou o diretor clínico, que considerou os trabalhos “uma necessidade, que visam aumentar e melhorar a capacidade de resposta ao doente da urgência”.
O diretor do Serviço de Urgência João Porto disse que aquela valência já está a funcionar com espaço reduzido, pelo que os doentes menos graves devem ao “máximo” evitar sobrecarregar o polo principal do Centro Hospitalar.
No caso dos doentes menos graves triados no polo principal, o CHUC vai providenciar transporte adequado às necessidades para que aqueles utentes sejam transferidos para o Hospital dos Covões.
No dia 20 de fevereiro foram consignadas as obras de remodelação e ampliação do Serviço de Urgência do polo principal, no valor de 9,5 milhões de euros (com IVA). A intervenção vai decorrer em sete fases sucessivas, iniciando-se pela ampliação e seguindo-se no interior do edifício, onde cada fase subsequente supõe a conclusão da fase anterior.
No polo principal e no polo dos Covões, o CHUC atende diariamente, em média, entre 500 e 600 pessoas, quando o ideal seria cerca de metade, segundo os responsáveis da unidade.