Cerca de 46.000 pessoas continuam à procura de emprego na região Centro. Apesar do desemprego estar a diminuir no país e também na região, continua a ser significativo o número de pessoas que ainda não encontrou uma resposta no mercado de trabalho e para as quais importa continuar a procurar soluções.
De acordo com Alberto Costa, delegado regional do Centro do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), “estão 46.000 pessoas inscritas e registadas nos centros de emprego do Centro”. Para além destas, estão “cerca de 12.500 pessoas envolvidas em medidas de emprego, cerca de 24.000 envolvidas em atividades de formação, mais de 5.000 envolvidas em formação em contexto de trabalho (uma envolvência de mais de 2.000 empresas), mais de 5.000 inscritas nos centros num patamar de validação de competências e mais de 2.000 pessoas deficientes envolvidas em programas no âmbito do emprego e da qualificação”.
Toda esta atividade resulta de parcerias e colaborações que o IEFP mantém com várias entidades, como empresas, autarquias e instituições, e traduz-se, como sublinhou Alberto Costa, “num trabalho conjunto que envolve, de alguma forma, este ano, cerca de 59.000 pessoas, números muito significativos mas que não são obviamente suficientes”, o que continua a exigir mais e novas respostas.
Estes dados foram divulgados anteontem, no Centro de Formação Profissional de Coimbra, durante a cerimónia de entrega de certificados de competência a 17 formandos do Turismo Centro de Portugal (TCP) que aí frequentaram uma formação pedagógica inicial de formadores, no âmbito de uma parceria entre aquelas duas entidades.
“Queremos promover o emprego num setor muito importante para o país, como é o do turismo, e para isso precisamos de formadores de qualidade e devidamente certificados”, sublinhou o delegado do IEFP.
Pedro Machado, presidente do TCP, destacou, por sua vez, a necessidade de “reforçar esta capacidade de cooperarmos com as organizações dos nossos territórios”, considerando que o “IEFP é uma mais valia”, que “tem feito um trabalho notável no que diz respeito à formação e, nomeadamente, ao combate ao desemprego”. Defende que, “quando estamos num período em que cada vez mais começam a faltar recursos humanos na atividade turística”, a ligação com o IEFP é “uma variável importante”, seja “na qualificação ou requalificação” dos profissionais.
Para Pedro Machado, esta formação, que começou com dois grupos do TCP, num total de 90 horas, é uma mais valia a nível do desenvolvimento de novas competências, quer “no que diz respeito à sua atividade diária normal mas muito em particular quando estão confrontados com um cliente, que é o púbico e que exige também cada vez mais de nós, que nos ajustemos aquilo que são as suas expectativas em relação ao nosso destino e seguramente à informação que precisam de saber para ficarem mais tempo”.
Esta formação representa, assim, mais uma aposta na valorização dos recursos humanos do TCP, entidade que estrutura e promove o turismo numa área que congrega 100 municípios e que tem registado um intenso crescimento da procura interna e externa, muito graças à grande diversidade de experiências que este vasto território oferece a quem o visita.