A Casa do Povo de Abrunheira, no concelho de Montemor-o-Velho, está a desenvolver um método neurossensorial inovador. A instituição possui um espaço neurossensorial interativo que alia realidade convencional a realidade virtual. De acordo com os responsáveis, trata-se de “um espaço polissensorial que permite expor pessoas com diferentes graus de demência a diversos estímulos, de forma inovadora, prazerosa e com resultados verdadeiramente impressionantes”.
A instituição destaca a Sala Panorâmica, recentemente inaugurada, onde familiares e utentes podem usufruir de uma ambiência relaxante e uma vista deslumbrante enquanto confraternizam. Este espaço tem ainda um papel muito importante para o tratamento e acompanhamento futuro da demência, podendo oferecer não só estímulos naturais variados mas também uma inovadora estratégia terapêutica sugerida pela exposição a luz intermitente e sons pulsantes, sintonizados numa frequência específica e que, segundo estudos que se encontram em desenvolvimento, poderão reverter alguns dos principais sinais do alzheimer no cérebro.
“Esta pode ser uma solução económica e simples de tratar esta forma tão comum de demência. Em teste está a manipulação da atividade do cérebro através da luz, uma vez que também o cérebro se rege pelo mesmo princípio gerando ondas cerebrais quando grandes grupos de neurónios oscilam entre si”, explica a instituição.
A Casa do Povo de Abrunheira possui estes espaços neurossensoriais dotados de uma vasta gama de estímulos cujos benefícios estão a ser registados e permanentemente monitorizados e considera que, até ao momento, têm sido apresentados “excelentes indicadores da sua eficácia, embora ainda em fase de avaliação e experimentação”.