A Câmara Municipal de Cantanhede encerrou 2018 com um resultado líquido de mais de 4,5 milhões euros, valor que reflete um aumento de cerca de 70 por cento em relação ao obtido no ano anterior. Estes números influenciaram ainda o acréscimo dos fundos próprios em 5,6 milhões de euros, para 92,1 milhões de euros.
A presidente da autarquia, Helena Teodósio, considera que os resultados do relatório, aprovado na semana passada, mostram o “alcance da consolidação financeira realizada em 2018”. Destaca também “a redução da dívida de médio e longo prazo”, bem como a da de curto prazo. Adiantou ainda que em 2018 se libertou da receita corrente um total de 7.296.274 euros que foram aplicados em despesas de capital (investimento), refletindo “o bom nível de eficiência na gestão das operações e um efetivo controlo orçamental da despesa”.
De acordo com a presidente, a Câmara de Cantanhede efetuou o pagamento da totalidade das faturas recebidas até 31 de dezembro de 2018 (como já havia sucedido em 2017). Para a autarca esse facto representa “uma disponibilidade de tesouraria muito favorável e que de resto está expressa nos 20 dias de prazo médio de pagamento a fornecedores, menos quatro do que em 2017”. Por outro lado, na apreciação que faz às contas de 2018, destacou “o aumento de 861.173 euros em obras e infraestruturas e a diminuição das amortizações com o serviço da dívida em 358.464 euros”.
Relativamente à subida da despesa corrente em 447.890 euros, a autarca explanou que a mesma “resulta, fundamentalmente, da regularização dos trabalhadores com vínculo precário, do acréscimo dos encargos decorrentes do descongelamento das carreiras e do aumento dos valores das prestações sociais”.
“Qualquer que seja a ótica de leitura do Relatório de Gestão, não há como escapar à evidência de que o documento apresenta excelentes resultados, refletindo a assertividade das opções e das linhas de força que pautaram a atividade do Município no exercício a que diz respeito”, sublinhou, acrescentando ainda que “em 2018, houve uma melhoria substancial nos principais indicadores económico-financeiros, muito em função do rigor no planeamento e na execução do orçamento”.