A Câmara Municipal de Coimbra vai abrir um novo concurso público para concluir a obra de ampliação e requalificação dos edifícios de restauração do Parque Verde do Mondego, conhecido como as “Docas”. Esta medida, aprovada na reunião do executivo de segunda feira, decorre do facto da empresa que venceu o primeiro concurso não ter concluído os trabalhos dentro do prazo contratualmente previsto. A consignação estipulava que a obra, a cargo da sociedade Garfive, ficasse concluída até ao final do mês de outubro de 2018. Como tal não aconteceu, o executivo municipal aprovou, em janeiro, por unanimidade, tomar posse administrativa da obra e rescindir o contrato.
De acordo com a autarquia, a empresa apenas concluiu “cerca de 18 por cento da obra” e o novo processo concursal prevê um investimento superior a 1,1 milhões de euros, mais 275 mil euros do que no primeiro concurso. A obra passa por construir quatro novos módulos na cobertura do atual edifício – passando a ser ‘duplex’ –, estando também prevista a instalação de esplanadas, prevendo, assim, uma nova configuração do espaço, que passa a ter 4+1 estabelecimentos, ao invés dos anteriores 3+1 (três bares/restaurantes mais uma gelataria).
Os quatro volumes vão ter escadas e sistema elevatório de ligação entre os pisos, com um novo acesso público ao piso térreo, onde cada uma das quatro concessões passará a dispor de instalações sanitárias. As cozinhas serão recolocadas no piso superior, mantendo uma simples copa de apoio, arrecadação e compartimento de lixos no piso térreo. Ao mesmo tempo, as casas de banho públicas existentes vão ser recuperadas.
De acordo com o projeto, cada módulo do piso superior compreende uma nova área envidraçada, a referida cozinha principal de serviço a ambos os pisos, com apoio de monta-cargas e espaços de esplanada. A solução de caixilharia proposta para este piso garante a abertura total dos vãos nas laterais de ligação às esplanadas, possibilitando que a sala possa ser um prolongamento coberto desses espaços exteriores. Relativamente ao lado poente, os pavimentos existentes serão alvo de recuperação e/ou reposição.
Com a abertura de um novo concurso para a conclusão da obra, a autarquia tem em vista a “atração de atividade económica” e pretende colocar “este espaço ímpar da cidade ao usufruto de todos”.