19 de Junho de 2025 | Coimbra
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Martinho

BANALIDADES ? URSS/ FEDERAÇÂO RUSSA/ UCRÂNIA (III)

7 de Dezembro 2023

Evidentemente que tal dependência era demasiado desfavorável à Ucrânia e esta, disso absolutamente consciente, em Novembro de 2013, gizou um acordo de cooperação com a União Europeia, ao qual o seu presidente, Viktor Yanukovich veio a negar a sua assinatura, seduzido por um pacto de última hora com a Rússia, de Putin, que acenou com um desconto anual de 2 biliões de dólares na compra de gás, liquidando assim definitivamente o dito acordo de cooperação.
Dirão que esta (camuflada) insídia russa foi o rastilho que fez agravar as veladas investidas em território ucraniano. É que essa estratégia, de conveniência apenas unilateral, fez precipitar a Ucrânia para uma convulsão social interna, posicionando em trincheiras opostas os defensores da União Europeia contra os defensores da Rússia, a partir de violentas manifestações de protesto (Euromaidan) na Praça Maidan, em Kiev (ou da independência) contra Yanukovich e, não tardou em transformar-se num palco de guerra, entre a população e as forças do governo, em consequência do que, em 22/02/2014, o presidente aviltou e fugiu para Moscovo.
Nessa contenda feroz geraram-se e rebelaram-se as fações por parte da Ucrânia (a Misanthrop Division e o Batalhão Azov) e, por parte da Rússia, o Batalhão Militar Oplot, apoiado, veladamente, por Putin, cujo chefe do ramo Donetsk e do Movimento Anti-Maidan tornar-se-ia chefe da suposta República Popular de Donetsk. A Rússia “descrevia a imagem de todo o governo e militares ucranianos como sob o controlo nazista”, mas como pretexto para justificar a sua ingerência num país soberano. Todavia, o Regimento Azov e o próprio governo, negaram e denunciaram a ideologia neonazista, desde a sua integração na Guarda Nacional em Novembro de 2014. A sua fundação é devida ao ativista de extrema-direita Andry Biletsky, para lutar a favor da Ucrânia contra as forças separatistas pró-Rússia, na guerra em Donbass e, mais recentemente, contra as forças armadas russas, durante a invasão russa.
Segiu-se-lhe como líder do Azov (entre Setembro 2017 e 29/5/2022) Denys Propkoenko, o qual se rendeu no cerco de Mariupol pelas forças russas, por esta ser uma cidade estratégica, situada no Oblast de Donetsk, que os separatistas continuam a proclamar pertencer à Rep. Pop. de Donestk.

(Continua na próxima edição)


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