BANALIDADES ? URSS/ FEDERAÇÂO RUSSA/ UCRÂNIA (II)

Instalou-se um governo provisório republicano, formado por liberais e progressistas que construíram as bases do partido Menchevique, liderado por Alexander Kerensky, socialista, de orientação reformista, o qual caíu logo em Outubro. Foi substituído pelos bolcheviques.
Entretanto, gerou-se uma guerra civil, entre vermelhos e brancos, com resultados catastróficos, culminando o poder nas mãos de Vladimir Lênin (entre 1917 e 1924). Com a sua morte, subiu ao poder Josef Stalin, cujos laivos de governação já foram descritos supra.
Reportando agora à formação da Ucrânia (que significa fronteira), também ela perpassa a dos povos eslavos que, em conjunto com outras antigas tribos da região, como os varegos, ajudaram a fundar a Rus. Este reino foi invadido, ao longo dos anos, por mongóis, lituanos e poloneses até que, com a vitória da Rússia e com a sua colaboração o território ucraniano retomou a sua autonomia. Mas logo foi dominado pelo império russo, que nele o integrou e, por sua inerência, veio a fazer parte da URSS.
A Ucrânia sofreu grandes perdas económicas e humanas, tanto no período soviético como no nazista, em que foi duramente atingida por ataques alemães, até que conseguiu a sua independência política, através de um referendo popular adotado pelo parlamento em 24/8/1991, criando a sua divisão administrativa, constituída por 24 regiões (oblasts), entre as diversas etnias (eslavas, ucranianas, russas e tártaras), com conceções diferentes de independência entre fações ucranianas, pró-ucranianas, russas e pró-russas, dificultando a estabelização da independência.
No contexto daqueles acontecimentos germinaram tendências e moldaram-se os regimes políticos da maior parte dos países de leste, com conquistas de territórios e a subjugação dos povos às políticas do invasor, povos que nunca desistiram de um dia alcançarem o desiderato da sua independência. Esta everescência teve eco na desagregação da URSS, através do Pacto ou Acordo de Belaveja, assinado em 25/12/1991, pela Federação Russa, Bielorrússia e pela Ucrânia, e reafirmada a independência plena de todas as ex-repúblicas soviéticas, independência essa que foi, em relação à Ucrânia, apenas política, porque economicamente não, em virtude de esta ser uma das suas maiores importadoras de gás natural. E esta submissão foi longa…

(Continua na próxima edição)