Um em cada quatro sinistrados no trabalho em Portugal (24,3 por cento) queixa-se de que não consegue fazer valer os seus direitos, destaca um estudo promovido pela associação nacional do setor, em parceria com especialistas da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação e o Instituto de Sociologia da Universidade do Porto.

Sabe-se, também, que, anualmente, ocorrem cerca de 200.000 acidentes de trabalho no país, que geram entre 6.000 a 7.000 dias de trabalho perdidos (…), “implicando importantes custos para os serviços do Estado”.

Da responsabilidade da Associação Nacional de Deficientes Sinistrados no Trabalho (ANDST), o trabalho, denominado “Regresso ao trabalho após acidente: superar obstáculos”, revela que também a família sofre com o sinistro laboral, com o acidente a condicionar de maneira “negativa” ou “muito negativa” a relação com o cônjuge (20 por cento) e a relação com os filhos (16,4 por cento), embora estes permaneçam as maiores fontes de apoio e suporte para o sinistrado.

Em Coimbra, a ANDST, fundada em 1976 e a única associação de género a nível nacional, tem delegação na Rua de Ribeiro Sanches, n.º 10, Edifício Europa, Lote 2 B, Loja B, rés-do-chão, na Quinta da Fonte, no Areeiro, estando aberta durante todos os dias da semana das 09h00 às 12h00 e das 14h00 as 18h00.

A associação apoia os trabalhadores vítimas de acidentes de trabalho, ou doença profissional, e suas famílias, tendo igualmente por missão “não deixar cair no esquecimento todas as pessoas que, por infelicidade, ficaram de alguma forma impossibilitadas de exercer a profissão”.

Para melhor apoiar todas as pessoas que de alguma forma precisam de ajuda, a ANDST promoveu o estudo estudo “Regresso ao trabalho após acidente: superar obstáculos”, que está disponível para quem desejar obtê-lo na delegação de Coimbra, assim como na sede, no Porto, e na delegação de Lisboa, ou junto dos delegados distritais de Aveiro, Braga, Évora, Leiria, Santarém e Setúbal.

A delegação de Coimbra da ANDST, que tem como presidente Firmino Moreira, vai promover em outubro, em data a anunciar, um colóquio sobre a sinistralidade laboral, em colaboração com a Autoridade para as Condições do Trabalho e o Instituto de Emprego e Formação Profissional.

A associação presta apoio jurídico e contencioso, gratuito, sobre direitos de reparação de acidentes de trabalho ou de doenças profissionais, requerimentos ao tribunal de petição inicial ou de revisão de incapacidade.

A ANDST conta, igualmente, com a colaboração de médicos especialistas em dano corporal que proporcionam uma avaliação do dano e da incapacidade que garanta a efectiva concretização dos respectivos direitos.

Na associação pode ainda encontrar-se, gratuitamente, apoio psicológico, quer individual, quer para a família, apoio na (re)definição e acompanhamento de projeto de vida e esclarecimentos de dúvidas acerca da situação de cada indivíduo perante a Segurança Social, e, na sede no Porto, solicitadora e outros apoios.