1 de Dezembro de 2025 | Coimbra
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António Inácio Nogueira

Árvores De Outono

28 de Novembro 2025

(Prosa – Verso)

 

I

Árvores bonitas, ao céu erguidas,

P´lo Outono acastanhadas, cansadas,

O ano inteiro a trabalhar,

P´rá fotossíntese nos doar.

II

As pessoas dilapidam o seu labor;

No Verão, é a sua devastação com o fogo e o calor,

No Inverno os ciclones atiram-nas ao chão,

As que restam, doentes, morrem de pé,

Pois é,

Com as mulheres e homens consumistas, assim é.

III

O mundo às vezes tem sentido e também parece sem ele,

Desaparecido,

Ambíguo,

Obscuro,

Partido.

Os humanos, assim o fizeram,

Assim o quiseram,

Irracionalmente,

Estupidamente,

Sem coração.

Caminhamos p´ra desertificação.


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