17 de Março de 2025 | Coimbra
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“ArtEnergy” quer valorizar história da Pedrulha

12 de Abril 2019

Promover a coesão social, melhorar a qualidade de vida urbana e valorizar a história da Pedrulha, através de um projeto artístico que vai revitalizar e embelezar 22 armários da EDP que existem nas duas principais ruas daquele bairro da cidade, é o grande objetivo do ArtEnergy, projeto que venceu, no ano passado, a primeira edição do Orçamento Participativo (OP) da União de Freguesias de Coimbra (UFC).

Promovido em parceria com a EDP Distribuição, este projeto pretende fazer deste percurso uma espécie de “cartão de visita” que contribua para melhorar o espaço urbano, envolvendo, ao mesmo tempo, a comunidade. “Pretendemos envolver a Pedrulha, uma zona que está muito abandonada, e queremos trazer à memória o que foi em tempos esta zona industrial, a primeira grande área delimitada para implantação da indústria desta cidade”, explicou a arquiteta Cláudia Antunes. A autora do projeto vencedor recordou também que, com o passar dos anos e com as mudanças socioeconómicas, muitas das empresas que se encontravam instaladas neste território (como a Triunfo, a Estaco, a Fábrica da Central de Cervejas, entre outras) foram encerrando, testemunhando-se, atualmente, um “cenário de abandono” em grande parte desta zona que acompanha a Estrada Nacional 1.

O projeto ArtEnergy pretende, assim, dar uma nova imagem a esta área através da arte. Para tal, foi lançado, na segunda feira, no Centro Social e Paroquial da Pedrulha, o concurso de ideias que visa eleger as melhores propostas de intervenção artística em 22 armários de distribuição de energia, situados nas ruas 1.º de Maio e 4 de Julho. Este concurso destina-se a artistas nacionais, internacionais e outros ligados às artes, podendo concorrer de forma individual ou coletiva. Cada participante ou grupo pode apresentar até quatro propostas, que devem ser enviadas até 2 de junho para a UFC (ufcoimbra@gmail.com). Todos os trabalhos devem ser originais e inéditos e devem abordar temas relacionados com a zona industrial da Pedrulha, com o património local ou com aspetos identitários sociais e paisagísticos. As propostas vão ser selecionadas depois por um júri, constituído pelo presidente da UFC, João Francisco Campos; pela autora da proposta, Cláudia Antunes; por António Rafael Ferreira, representante da EDP; por Fly Pontes, artista plástico; e por Fernando Duarte, residente e ex-trabalhador de uma empresa local. A cada proposta vencedora é atribuído um valor de 150 euros.

Durante o lançamento do concurso de ideias, João Francisco Campos explicou que depois da divulgação das 22 propostas vencedoras, o que deverá suceder a 14 de junho, estas serão apresentadas ao público, numa exposição que deverá decorrer em junho e julho. O início da execução das intervenções nos armários decorre em julho e agosto e em setembro será inaugurada esta exposição artística.

Todo este processo será acompanhado, como explicou José Manuel Cardoso, em representação da EDP, pela empresa elétrica. “O passado da Pedrulha também faz parte da história da EDP”, disse, explicando que este projeto se insere no programa de investimento social da EDP, que tem vários eixos, sendo um deles “dar energia à cultura”. Manifestou ainda o desejo da empresa de “estar cada vez mais presente e próxima das comunidades” e adiantou que a EDP está já a trabalhar no sentido de “preparar os armários”, assegurando que serão acauteladas todas “as questões de segurança” em todos os processos desta intervenção artística, já que estes armários de baixa tensão são instalações elétricas da rede de distribuição de energia elétrica e, como tal, estão sempre em serviço e com tensão no seu interior.


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

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