O Departamento de Arquitetura (DARQ) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a celebrar os seus 30 anos com diversas iniciativas, que se prolongam até 28 de março.
O programa começou na terça feira com uma iniciativa intitulada “O Ensino do Projeto – Encontro de Escolas de Arquitectura”, que juntou todos os cursos de arquitetura das universidades públicas portuguesas. Anteontem o destaque foi para a visita à exposição “Estrutura para Sino ‘Cabra”, uma proposta dos alunos do DARQ, organizada pelo Núcleo de Estudantes de Arquitetura (NUDA), para dignificar o que fora, em tempos, o sino “Cabra” da Torre do Paço das Escolas da Universidade de Coimbra. O programa de ontem foi marcado pelo lançamento da revista “NU#45 entre(tanto)” e por uma mesa redonda subordinada ao tema “Onde está a Escola”.
As comemorações continuam na próxima terça-feira, com a inauguração da livraria NU/NUDA, que marca também o início da utilização da estrutura que vai ocupar o espaço físico da escola. O dia seguinte (20) está marcado para o “Desenhar em Projeto Sete Percursos”. Dia 21 far-se-á um evento que pretende reunir ex-representantes do NUDA, numa conversa intitulada “NuDA em questão”.
O ex-líbris das comemorações está marcado para 26 de março com a realização do encontro “30 anos em Coimbra”. Durante todo o dia vários especialistas vão debater a evolução do ensino e investigação no DARQ e qual o futuro da arquitetura na Universidade de Coimbra. O encontro inicia às 9h15, no Auditório da Reitoria, e vai incluir o lançamento do livro “Centralidade do Real: onze arquitetos, onze textos, onze projetos improváveis”, de Alexandre Alves Costa.
“São 30 Anos vividos no Claustro do Colégio das Artes que conduziram muitos estudantes, professores e outros funcionários a distintas encruzilhadas, onde foi preciso tomarem decisões para seguir caminho, às vezes às escuras, outras vezes às claras. Pretendemos assim, durante este mês, sublinhar tal encruzilhada, ainda que, a par, queiramos reconhecer em que medida esta circunstância própria de quem quer sempre aprender oferece(u) a Coimbra, e não só, continuadamente um outro olhar, afinal motivado pelos problemas do real”, realçaram José António Bandeirinha, Luís Miguel Correia e Armando Rabaça, responsáveis pelo programa comemorativo.
“Uma escola que se funda numa identidade própria para cada vez mais se abrir ao mundo e às suas mudanças constantes. Ou seja, uma escola que tem a missão primordial de investigar e ampliar o conhecimento no âmbito da disciplina e das suas múltiplas extensões mas, em simultâneo, tem o dever de formar profissionais altamente qualificados, preparados para todos os desafios do futuro. Para isso, tem de se reinventar e de se requalificar a todo o momento”, revelou José António Bandeirinha, relativamente ao futuro da arquitetura em Coimbra. Esclareceu, ainda, que os grandes objetivos que se propõem atingir neste momento “são, por um lado, o da requalificação gradual das instalações no Colégio das Artes e, por outro lado, o de colocar a UC, também no que diz respeito ao ensino e à investigação em arquitetura, numa posição altamente dignificada no plano internacional”.
José António Bandeirinha não termina sem antes antecipar que “a realização de todas as iniciativas acima descritas, apoiadas pela Semana Cultural da UC, corresponde também à afirmação para o exterior da vontade férrea de cumprir estes objetivos”.
As comemorações encerram com a sessão de “Cinema sob as Estrelas”, no dia 28, às 21h00. Com esta iniciativa, o NUDA pretende reunir, de novo, a comunidade do DARQ no seu “tão acarinhado claustro”.