A cidade de Coimbra, desde Antero Quental a Eça de Queiroz, trouxe à ribalta a “Ordem do conhecimento”, a “Questão Coimbrã”, que foi uma lufada de ar fresco na cultura portuguesa.
Coimbra foi mesmo o centro de todo o conhecimento. E ainda hoje tem a semente destinada a manifestar e a preservar a dimensão temporal da filosofia de Antero de Quental e dos seus ilustres correligionários.
E vamos enxergando o homem artista, o homem escritor, o homem cronista, o homem investigador, o investigador a criar novas formas inventando outras formas de estar como um grito de revolta contra o marasmo, a inércia.
É este anseio de dizer “não” às circunstâncias negativas que fez parte integrante do homem de Coimbra há décadas.
E essa conduta psicológica vem de longe da poesia anteriana, do seu pensamento, ou como Leonardo da Vinci ao afirmar que a “Arte é coisa mental” ou que afirmava ainda mais longe no tempo Horácio “A arte ou a poesia tem todos os vocábulos culturais”.
Coimbra vive ensimesmada mas, por outro lado, parece surgir alguns homens e mulheres que tem a evolução da ideia moral da responsabilidade de ser uma terra de cultura democratizada, para todos, que tem de renascer todos os dias!…