11 de Outubro de 2024 | Coimbra
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MANUEL BONTEMPO

Apontamento

29 de Janeiro 2021

O movimento romântico foi formalizado em telas que abrangiam todo o inventário intelectual e um programa definido, pedagógico, sem esquemas rígidos, numa crença da razão iluminista que distingue muito cedo pintores distintos da área de Coimbra.

O caso de Pinho Dinis.

Deixa o neoclassismo e aborda o expressionismo com leituras universais e canta a “mulher”, a figura feminina erigida à dignidade humana como merecesse o paraíso perdido!

Artista de cultura, de diálogo, ensinou e criou discípulos.

De leves tendências místicas, os seus quadros correspondiam a uma técnica rara, no cromatismo especial e desprezava o culto da arte pela arte!

Intelectual discreto inspirava-se na história, na lenda, num domínio seguro da histografia da mulher, santa ou agnóstica, nobre ou plebeia, tónica da sua obra que teve em vida a justiça de ver o seu nome dado a uma sala da Casa da Cultura.

Cada exposição foi sempre uma surpresa. Foi assim no Brasil, França, Espanha e no nosso país.


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