O movimento romântico foi formalizado em telas que abrangiam todo o inventário intelectual e um programa definido, pedagógico, sem esquemas rígidos, numa crença da razão iluminista que distingue muito cedo pintores distintos da área de Coimbra.
O caso de Pinho Dinis.
Deixa o neoclassismo e aborda o expressionismo com leituras universais e canta a “mulher”, a figura feminina erigida à dignidade humana como merecesse o paraíso perdido!
Artista de cultura, de diálogo, ensinou e criou discípulos.
De leves tendências místicas, os seus quadros correspondiam a uma técnica rara, no cromatismo especial e desprezava o culto da arte pela arte!
Intelectual discreto inspirava-se na história, na lenda, num domínio seguro da histografia da mulher, santa ou agnóstica, nobre ou plebeia, tónica da sua obra que teve em vida a justiça de ver o seu nome dado a uma sala da Casa da Cultura.
Cada exposição foi sempre uma surpresa. Foi assim no Brasil, França, Espanha e no nosso país.