21 de Janeiro de 2025 | Coimbra
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SANSÃO COELHO

Antes que te cases vê o que fazes… no namoro

22 de Março 2019

Presumo que o provérbio completo dirá que “antes que cases vê o que fazes… porque não é nó que se desate”. Nestes últimos anos DESATAR O NÓ DO CASAMENTO é o que mais tem acontecido com as estatísticas a deixarem-nos boquiabertos. A instituição CASAMENTO está em crise e isso reflete-se na Família e nos Valores que devem nortear a Família. Recentemente, no âmbito da SEMANA DEDICADA À ARTE MULHER que em boa hora o Município da FIGUEIRA apoiou (encerra hoje) em parceria com a cidade brasileira do RECIFE, numa promoção da Editorial Novembro (AVELINA FERRAZ) e com a ACCIG – Associação Cultural e de Conhecimento e Igualdade de Género (ROSALINA ALMEIDA E ROSABELA AFONSO que lançou um belo livro dedicado a MARIA DE LURDES PINTASSILGO), num debate realizado no CAE – Centro de Artes e Espetáculos, foi abordado o tema A ESSÊNCIA DA MULHER NO PLANO SOCIAL. Esta temática central desviou-se rapidamente, até com algum sentido de oportunidade/atualidade, para a VIOLÊNCIA DOMÉSTICA que tem vitimado essencialmente mulheres em número arrepiante nestes dois primeiros meses de 2019. Facilmente se compreende que é preciso trabalhar na Escola e na Família a Igualdade de Género e de Oportunidades e de CONVIVIALIDADE/COMPANHEIRISMO. De respeito. Uma nova mentalidade e comportamentos adequados têm que ser ensinados na ESCOLA e na FAMÍLIA. Logo na tenra idade. Curiosa foi a reflexão/preocupação do presidente do Município da Figueira, o juiz JOÃO ATAÍDE, em relação à VIOLÊNCIA NO NAMORO (a aumentar substancialmente) e que preocupa a Sociedade. O Dr. João Ataíde referiu não ter a certeza se agora há mais casos de violência doméstica do que há alguns anos – e julgou vários casos deste âmbito ainda antes das últimas alterações legislativas nesta matéria. Porém, o DR. JOÃO ATAÍDE mostrou a sua preocupação por a violência ser cada vez mais visível no NAMORO. FOI UM OPORTUNÍSSIMO ALERTA. Na sequência desta reflexão houve um esboço de explicação por alguns dos participantes: provavelmente estabelecem-se em FASE DE NAMORO relações adulteradas imitativas do que infelizmente ocorre e é noticiado entre os ADULTOS ou seja os que já são casados ou vivem em comum. Como é possível um namorado estar a pegar sem autorização no telemóvel da namorada e pretender saber de quem é este ou aquele telefonema? É desrespeito e é uma inacreditável falta de educação – ponto-de-vista do Dr. JOÃO ATAÍDE. Mas, lamentavelmente, esta é uma situação que ocorre com alguma frequência. Este ar de supremacia e de posse e comando (e tenebrosa falta de educação) exibido normalmente pelos rapazes no Namoro não augura… BOM CASAMENTO… nem BOM FUTURO. Pais, Educadores, Professores necessitam estar cada vez mais atentos aos CASOS – logo aos embrionários – de VIOLÊNCIA NO NAMORO. Isto é pôr de imediato o dedo na ferida e evitar que ela alastre. E por isso acrescentamos nestas colunas: ANTES QUE CASES VÊ O QUE FAZES NO NAMORO… AINDA VAIS A TEMPO para evitar, mais tarde, a VIOLÊNCIA DOMÉSTICA e também sabemos que esta está por diversas vezes associada a casos de alcoolismo, dependências e outras situações marginais. IGUALDADE, RESPEITO, RESPONSABILIDADE, EDUCAÇÃO na infância e na adolescência antes do Namoro. A DEMOCRACIA é para todos tal como a RESPONSABILIDADE de cada um: homens e mulheres. STOP À RELAÇÃO AO MÍNIMO SINAL DE VIOLÊNCIA NO NAMORO e ABRAM ALAS À EDUCAÇÃO DOS MAIS NOVOS PARA A IGUALDADE DE GÉNERO, JÁ!

NAMORADOS DE PORTUGAL, AO MÍNIMO SINAL DE VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA OU FÍSICA, FALEM COM OS VOSSOS PAIS, COM OS VOSSOS ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO, COM OS VOSSOS PROFESSORES, COM OS PSICÓLOGOS E SOCIÓLOGOS DA VOSSA ESCOLA. A IGUALDADE DE GÉNERO não é brincadeira de namoradinhos. É crime. É para levar a sério e muito a sério para que o vosso futuro comum não seja uma tragédia. Chega de palavras. Passem à ação. Alertem. Alertem. Alertem. Aprendam. Aprendam. Aprendam bons comportamentos.

A rematar ficam os meus parabéns para as exposições (a de fotografia, adorei, adorei, adorei) e para toda a programação que acerca desta matéria vi no CAE; e um agradecimento à eficiência e gentileza (aliás habituais) de toda a equipa do CAE e aos promotores e organizadores.


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

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